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DIREITO CANÔNICO DOS VETEROS CATÓLICOS DO BRASIL

Queridos confrades,

Anunciando a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós, os cristãos, reavivamos a nossa força na caminhada e esperamos que o dia seguinte seja melhor em nossas famílias, vida e trabalho. Uma igreja cresce exatamente dentro desta mesma realidade. Ela precisa ressuscitar, e esperar essa ressurreição deixar de acontecer por causa das nossas impossibilidades é sem sombra de dúvidas subestimar a nossa vocação.  

Como fiéis soldados de Cristo que somos, encontramos em nossa vida a força necessária para nunca desanimar, mesmo diante de contratempos e dificuldades que o tempo e a distância nos permite viver.

Comemorando os 160 anos de tradição vetero católica no Brasil, quisemos então, depois de algum tempo vivendo e experimentando desta graça tão linda que é a de seguir os ensinamentos dos nossos antepassados; viver a espiritualidade de forma livre e estar disposto a ser feliz com a nossa forma humilde de ser Igreja, é algo que jamais se dispersa dos nossos corações. Por isso, estamos oferecendo de forma impressa, depois de longos anos de vivência prática e quase sobrenatural nossa e dos nossos sacerdotes, bispos, religiosos, leigos, amigos e benfeitores, essas diretrizes que agora determinamos sejam seguidas em nosso nome por todos os membros de nossas fileiras no Brasil e no Exterior.

Essa iniciativa nossa é, sem dúvida mais uma das pequenas vitórias que a nossa instituição tem alcançado nestes poucos anos de existência.

Nossa vasta experiência diplomática nos diz que o tempo de mudar é agora! Não queremos uma igreja morta, e nem fora dos padrões, não queremos ser nada diferente do que já fomos e somos, queremos sim, ser uma renovação diária e total.  

Como seguidores dos princípios e da tradição Vetero Católica, entendemos que criar novos códigos, leis e formas de viver muito diferentes do que aconteceu no começo da nossa história, descaracteriza a nossa forma de ser. Não nos faria ser nem católicos nem protestantes, uma seita talvez? Não! Somos católicos. Católicos e apostólicos, seguidores da doutrina antiga da Igreja de Roma, portanto, o Código de Direito Canônico Romano é o seguido por nós desde os princípios e a nossa forma de celebrar é a mesma de 500 anos atrás. A catolicidade da IAVCBF não depende de que os não católicos a aclamem ou tenham consideração por Ela. Nem se relaciona com o fato de que, em assuntos não espirituais, as opiniões de algumas pessoas, dotadas de autoridade na Igreja, sejam consideradas - e às vezes instrumentalizadas - por meios de opinião pública de correntes afins ao seu pensamento. Acontecerá frequentemente que a parte de verdade que se defende em qualquer ideologia humana, encontre no ensino perene da Igreja algum eco ou algum fundamento; isto é, em certa medida, um sinal da divindade da Revelação que esse Magistério guarda. Mas a Esposa de Cristo é Católica mesmo quando for deliberadamente ignorada por muitos, e inclusivamente ultrajada e perseguida, como acontece hoje por desgraça em tantos lugares. 

Estas diretrizes vêm somente acrescentar ou reduzir aquilo que é importante ou não para nós enquanto Igreja nacional. O que aqui está escrito é uma coletânea de momentos vividos por nossos padres durantes os anos, desde o começo da nossa história, portanto é, de certa forma, uma maneira que cada um de nós escolheu para viver e que aqui reorganizamos para que sejam vividas por todos nós.

O Espírito Santo não cessa de nos surpreender ao longo dos séculos enriquecendo e enchendo de cor toda a Igreja. Nos finais do segundo milênio floresceram novas realidades eclesiais. Algumas estão já eclesiasticamente enquadradas; outras, ainda não ou não completamente. Mas, cada uma delas, traz novas luzes e o Corpo místico de Cristo resplandece com a luz destes novos carismas. Pois bem, a IAVCB-F, tem um carisma próprio, um dom singular do Espírito Santo que contribui para o esplendor da Verdade de Cristo e que é, tal como as restantes peças do puzzle, de desenho exclusivo. Deus não se repete. Os Veteros Católicos são, na sua imensa maioria, leigos, homens e mulheres, casados ou solteiros, de todas as profissões e ofícios, sacerdotes, bispos, diáconos, religiosos, religiosas, monges e monjas. São fiéis normais e correntes de qualquer parte do mundo, chamados a propagar – com unidade de espírito, de formação específica e de governo – uma mensagem universal: a chamada ao apostolado no meio do mundo, o encontro pleno e livre com Cristo no trabalho profissional quotidiano e nos deveres da vida familiar e social. Dentro da Igreja há, em determinados campos de ação, âmbitos de uma luminosidade espetacular: o ensino, por exemplo, ou as obras de caridade com os pobres e os marginalizados. Outras não se vêem, mas ajudam de modo decisivo a sustentar as outras: as religiosas e os religiosos de clausura, com a força da sua oração e sacrifício. Outras, ainda, desenvolvem, especificamente, o seu trabalho, nos círculos periféricos ou mesmo externos  

à realidade social da Igreja como o ecumenismo ou o diálogo inter-religioso. E outras, como a nossa comunidade, receberam um carisma específico dirigido a todos os fiéis que, como os primeiros cristãos no seio da sociedade pagã, desejam, por vocação, ser ajudados, mediante uma assistência pastoral peculiar, a viver com plenitude todas as exigências ascéticas e apostólicas dos seus compromissos batismais, especificamente através e na sua profissão e vida secular. Que estas diretrizes sejam incorporadas em nossas comunidades e famílias, como parte intrínseca de nossa fé vetero católica que é a mesma fé no Cristo, o Senhor.  

Abençoe-nos o Espirito Santo de Deus​ 

1. Nossa Missão.Um SVC não tem um apostolado específico. Alguns se sentem bem em constituírem comunidades eclesiais, outros se dedicam tão somente à pregação e às missões, outros ainda preferem trabalhar nos meios de comunicação sociais, alguns nem são chamados a pregar, mas a ser luz dentro de suas famílias, junto às suas esposas e filhos, celebrando a Eucaristia em casa, de forma privada e há ainda aqueles que desejam somente orar, separar um tempo da vida espiritual a favor dos demais. Na verdade o que nós gostaríamos de ser é apenas um pouco de luz a iluminar cada pessoa que se aproxima dos nossos altares espalhados em nossas humildes capelas pelo mundo, algumas delas, senão todas, construídas à custa de muito sacrifício e trabalho, com o intuito único e sobrenatural de agradar a Nosso Senhor e fazer a Sua Vontade de alguma maneira. Para um SVC a convivência terrena deve estar inspirada pelo amor e não pelo ódio ou pela indiferença. Não esqueçamos também que, mesmo que consigamos atingir um estado razoável de distribuição dos bens e uma harmoniosa organização da sociedade, não há de desaparecer a dor da doença, da incompreensão ou da solidão, a dor da experiência das nossas próprias limitações. Em face dessas penas, um SVC só tem uma resposta autêntica, uma resposta definitiva: Cristo na Cruz, Deus que sofre e que morre, Deus que nos entrega o seu Coração, aberto por uma lança, por amor a todos. Nosso Senhor abomina as injustiças e condena quem as comete. Mas, como respeita a liberdade das pessoas, permite que existam. Deus Nosso Senhor não causa a dor das criaturas, mas tolera-a como parte que é – depois do pecado original - da condição humana. E, no entanto, o seu Coração, cheio de amor pelos homens, levou-O a tomar sobre os seus ombros, juntamente com a Cruz, todas essas torturas: o nosso sofrimento, a nossa tristeza, a nossa angústia, a nossa fome e sede de justiça. A doutrina cristã sobre a dor não é um programa de fáceis consolações. Começa logo por ser uma doutrina de aceitação do sofrimento, inseparável de toda a vida humana. Porque as nossas tribulações, cristãmente vividas, se convertem em reparação, em desagravo, em participação no destino e na vida de Jesus, que voluntariamente experimentou, por amor aos homens, toda a espécie de dores, todo o gênero de tormentos. Nasceu, viveu e morreu pobre; foi atacado, insultado, difamado, caluniado e condenado injustamente; conheceu a traição e o abandono dos discípulos; experimentou a solidão e as amarguras do suplício e da morte. Ainda agora, Cristo continua a sofrer nos seus membros, na Humanidade inteira que povoa a Terra e da qual Ele é Cabeça e Primogênito e Redentor. A dor entra nos planos deDeus. Ainda que nos custe entendê-la, é esta a realidade. Também Jesus, como homem, teve dificuldade em admiti-la: Pai, se é possível, afasta de Mim este cálice! Não se faça, porém, a minha vontade, mas a tua! . Nesta tensão entre o sofrimento e a aceitação da vontade do Pai, Jesus vai serenamente para a morte, perdoando aos que O crucificaram. Ora, esta aceitação sobrenatural da dor pressupõe, por outro lado, a maior conquista. Jesus, morrendo na Cruz, venceu a morte. Deus tira da morte a vida. A atitude de um SVC não é a de quem se resigna à sua trágica desventura; é, sim, a satisfação de quem já antegoza a vitória. Em nome desse amor vitorioso de Cristo, nós, os SVC´s devemos lançar-nos por todos os caminhos da Terra, para sermos semeadores de paz e de alegria, com a nossa palavra e nossas obras. Temos de lutar - é uma luta de paz - contra o mal, contra a injustiça, contra o pecado, para proclamarmos assim que a atual condição humana não é a definitiva; o amor de Deus, manifestado no Coração de Cristo, conseguirá o glorioso triunfo espiritual dos homens. Um SVC deve entender de que Deus não nos declara: em vez do coração, dar-vos-ei uma vontade própria de puro espírito. Não, dá-nos um coração, e um coração de carne, como o de Cristo. Não tenho um coração para amar a Deus e outro para amar as pessoas da Terra. Com o mesmo coração com que amo os meus pais e estimo os meus amigos, com esse mesmo coração amo Cristo, e o Pai, e o Espírito Santo, e Santa Maria. Um SVC não deve cansar-se de repetir: temos de ser muito humanos, porque, se não, também não podemos ser divinos. O amor humano, o amor deste mundo, quando é verdadeiro, ajuda-nos a saborear o amor divino. E assim entrevemos o amor com que havemos de gozar de Deus e aquele que lá no Céu nos há de unir uns aos outros, quando o Senhor for tudo em todas as coisas. E, começando a entender o que é o amor divino, havemos de nos mostrar habitualmente mais compassivos, mais generosos, mais entregados. Como SVC´s devemos dar o que recebemos, ensinar o que aprendemos; levar os outros a participar - sem soberba, com simplicidade - desse conhecimento do amor de Cristo. Quando um de nós realiza o seu trabalho, exerce a sua profissão na sociedade, pode e deve converter essa tarefa num serviço. O trabalho bem acabado, que progride e faz progredir e tem em conta o avanço da cultura e da técnica, realiza uma grande função, que será sempre útil à humanidade inteira, se nos mover a generosidade, não o egoísmo; o amor por todos, não o proveito próprio; se estiver cheio de sentido cristão da vida. É a partir desse trabalho e na própria rede das relações humanas, que um SVC mostra a caridade de Cristo e os seus resultados concretos de amizade, de compreensão, de ternura humana, de paz. Assim como Cristo passou fazendo o bem , por todos os caminhos da Palestina, assim temos que ir por todos os caminhos humanos - da família, da sociedade civil, das relações profissionais de cada dia - semeando paz. E será esta a melhor prova de que o Reino de Deus chegou aos corações. Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, - escreve o apóstolo S. João – porque amamos os nossos Irmãos. Mas ninguém pode viver esse amor se não se formar na escola do coração de Jesus. Só se olharmos e contemplarmos o Coração de Cristo, conseguiremos que o nosso se liberte do ódio e da indiferença. Só assim saberemos reagir cristãmente diante dos sofrimentos alheios, diante da dor. Recordemos a cena que nos conta S. Lucas, quando Cristo andava nos arredores da cidade de Naim. Jesus vê a angústia daquelas pessoas, com quem Se cruzou ocasionalmente. Podia ter passado de lado, ou ter esperado que O chamassem e Lhe fizessem um pedido. Mas não Se afasta, nem fica na expectativa. Toma ele próprio a iniciativa, movido pela aflição de uma viúva que perdera a única coisa que lhe restava - o filho. Explica o evangelista que Jesus Se compadeceu; talvez a sua comoção tivesse também sinais externos, como pela morte de Lázaro. Jesus não era, nem é, insensível ao padecimento que nasce do amor, nem sente prazer em separar os filhos dos pais. Supera a morte, para dar a vida, para que aqueles que se amam convivam, exigindo antes e ao mesmo tempo a preeminência do Amor divino que deve informar a autêntica existência cristã. Cristo sabe que O rodeia uma grande multidão, a quem o milagre encherá de pasmo e que há de ir apregoando o sucedido por toda aquela região. Mas o Senhor não atua com artificialismo, só para praticar um "feito": sente-Se singelamente afetado pelo sofrimento daquela mulher; não pode deixar de a consolar. Então, aproximou-Se e disse-lhe: não chores. Que é como se lhe dissesse: não te quero ver desfeita em lágrimas, pois Eu vim trazer à Terra a alegria e a paz. E imediatamente se dá o milagre, manifestação do poder de Cristo, Deus. Mas antes já se dera a comoção da sua alma, manifestação evidente da ternura do coração de Cristo, Homem. A missão de um Vetero Católico, portanto, resume-se em uma só: aquela de ver a todos os homens de boa vontade unidos ao Corpo de Cristo, pelo amor. Os homens mais abandonados, aos quais, de modo especial, é enviado cada um de nós, são os que a Igreja não pôde ainda prover de meios suficientes de salvação; os que nunca ouviram o anúncio da Igreja ou, pelo menos, não o recebem como “Evangelho; ou, finalmente, os que são prejudicados pela divisão da Igreja. Ao mesmo tempo temos solicitude apostólica para com os fiéis atendidos pela pastoral ordinária, a fim de que, fortalecidos pela fé, se convertam continuamente a Deus e sejam testemunhas da fé na vida cotidiana. Os membros da IAVCB-F têm como incumbência o anúncio explícito do Evangelho e a solidariedade com a criatura humana, a promoção de seus direitos fundamentais na justiça e na liberdade, com o emprego dos meios que sejam, ao mesmo tempo, conformes ao Evangelho e eficazes. Um vetero católico se consagra e se dedica a Jesus Cristo, Nosso Senhor, para honrá-lo não só como Sumo Sacerdote e como o grande Apóstolo de Deus, mas também para respeitá-lo vivo nas autoridades constituídas em Seu nome. Invocando todos os dias o Espírito apostólico sobre si e sobre toda a Igreja, para renovar nela o amor a Jesus Cristo e a religião como fonte da santidade que por meio dele se deve derramar depois sobre a multidão dos povos.

2. A vida de um SVC. Um vetero católico é um cristão. Se alguma comparação se quer fazer, a maneira mais fácil de entender a vida de um SVC é pensar na vida de um cristão, ou de alguém muito semelhante a ele. Um cristão vive profundamente a sua vocação, procura muito a sério a perfeição a que é chamados, pelo fato, ao mesmo tempo simples e sublime, do Batismo. Não se distingue exteriormente dos outros cidadãos. Os membros da IAVCBF são como toda a gente: trabalham; vivem no meio do mundo conforme aquilo que são - cidadãos cristãos que querem responder inteiramente às exigências da sua fé. Essa máxima vivida por cada um de nós nesse tempo de caminhada nos ensina que jamais podemos e queremos ser criaturas diferenciadas no mundo eclesial. Pois o que nós queremos ser já o somos e na verdade, apenas gostaríamos de colocar em prática, para bem viver e partilhar, pois para nós pouco importam os títulos, mas um coração voltado para o amor e à fraternidade, pode de fato muito mais coisas do que títulos e premiações. Aqueles primeiros doze apóstolos eram, segundo os critérios humanos, bem pouca coisa. Quanto à posição social, com exceção de Mateus - que com certeza ganhava bem a vida e deixou tudo quando Jesus lhe pediu - eram pescadores; viviam do dia-a-dia, trabalhando até de noite para poderem alcançar o seu sustento. Mas a posição social é o de menos. Não eram cultos, nem sequer muito inteligentes, pelo menos no que diz respeito às realidades sobrenaturais. Até os exemplos e as comparações mais simples lhes eram incompreensíveis e pediam ao Mestre: Domine, e dissere nobis parabolam, Senhor, explica-nos a parábola. Quando Jesus, com uma imagem, aludeao fermento dos fariseus, supõem que os está a recriminar por não terem comprado pão. Pobres, ignorantes. E nem sequer eram simples, humildes. Dentro das suas limitações, eram ambiciosos. Muitas vezes discutem sobre quem seria o maior, quando - segundo a sua mentalidade - Cristo instaurasse na terra o reino definitivo de Israel. Discutem e excitam-se até naquela hora sublime em que Jesus está prestes a imolar-se pela humanidade, na intimidade do Cenáculo. Fé? Pouca. O próprio Jesus Cristo o diz. Viram ressuscitar mortos, curar todo o tipo de doenças, multiplicar o pão e os peixes, acalmar tempestades, expulsar demônios. Pois S. Pedro, escolhido como cabeça, é o único que sabe responder com prontidão: Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo. Mas é uma fé que ele interpreta à sua maneira; por isso atreve-se a enfrentar Jesus Cristo, a fim de que Ele não se entregue pela redenção dos homens. E Jesus tem de responder-lhe: Retira-te de mim, Satanás; tu serves-me de escândalo, porque não tens a sabedoria das coisas de Deus mas das coisas dos homens. Pedro raciocinava humanamente, comenta S. João Crisóstomo, e concluía que tudo aquilo (a Paixão e a Morte) era indigno de Cristo, reprovável. Por isso Jesus repreende-o e diz-lhe: não, sofrer não é coisa indigna de Mim; tu pensas assim porque raciocinas com ideias carnais, humanas. Em que sobressaem então aqueles homens de pouca fé? Talvez no amor a Cristo? Sem dúvida que O amavam, pelo menos de palavra. Chegam até a deixar-se arrebatar pelo entusiasmo: Vamos nós também e morramos com Ele. Mas à hora da verdade, todos hão de fugir, exceto João, que O amava com obras e de verdade. Só este adolescente, o mais jovem dos Apóstolos, permanece junto da cruz. Os outros não sentiam esse amor tão forte como a morte. Eram estes os discípulos escolhidos pelo Senhor; assim os escolhe Cristo; assim se comportavam antes de que, cheios do Espírito Santo, se tornassem colunas da Igreja. São homens correntes, com defeitos, com debilidades, com palavras maiores do que as suas obras. E, contudo, Jesus chama-os para fazer deles pescadores de homens, corredentores, administradores da graça de Deus. É neste clima da misericórdia de Deus que se desenvolve a existência de um SVC. Este é o âmbito do seu esforço por se comportar como filho do Pai. E quais são os principais meios para conseguirmos que a vocação se mantenha firme? Apenas dois, que são dois eixos vivos da conduta cristã: a vida interior e a formação doutrinal, o conhecimento profundo da nossa fé. Vida interior, em primeiro lugar. Há ainda tão pouca gente que entenda isto! Ao ouvir falar de vida interior, pensa-se logo na obscuridade do templo, quando não no ambienteabafado de algumas sacristias. Não se trata de nada disso. Um Vetero Católico deve ter uma vida interior igual a de cristãos normais e correntes, que habitualmente se encontram em plena rua, ao ar livre; e que na rua, no trabalho, na família e nos momentos de diversão estão unidos a Jesus todo o dia. E o que é isto senão vida de oração contínua? Não deve faltar na vida de um vetero alguns momentos dedicados especialmente a travar intimidade com Deus, elevando até Ele o pensamento, sem que as palavras tenham necessidade de vir aos lábios, porque cantam no coração. Dediquemos a esta norma de piedade um tempo suficiente, a hora fixa, se possível. Ao lado do Sacrário, acompanhando Aquele que ali ficou por Amor. Se não houver outro remédio, em qualquer lugar, porque o nosso Deus está de modo inefável na nossa alma em graça. É louvável que um SVC vá ao oratório sempre que puder. E empenhamo-nos em não lhe chamar capela, para que ressalte de forma mais evidente que não é um lugar para estar, com uma atitude oficial de cerimónia, mas para elevar a mente em recolhimento e intimidade até ao Céu, com a convicção de que Cristo nos vê, nos ouve, nos espera e nos preside no Sacrário, onde está realmente presente, oculto nas espécies sacramentais. Cada vetero, se quiser, pode encontrar o caminho que lhe for mais propício para este colóquio com Deus. Não nos agrada falar de métodos nem de fórmulas. Um SVC deve aproximar-se do Senhor, respeitando a própria alma tal como ela é, com as suas próprias características. É preciso pedir a Nosso Senhor que meta os seus desígnios na nossa vida: e não apenas na nossa cabeça, mas no íntimo do nosso coração e em toda a nossa atividadeexterna. Deste modo evitar-se-ão grande parte dos desgostos e das penas do egoísmo e a força para propagar o bem à vossa volta certamente virá. Quantas contrariedades desaparecem, quando interiormente nos colocamos muito próximos deste nosso Deus, que nunca nos abandona! Renova-se com diversos matizes esse amor de Jesus pelos seus, pelos doentes, pelos entrevados, quando pergunta: que se passa contigo? Comigo... E, logo a seguir, luz ou, pelo menos, aceitação e paz. Ao partilhar confidências com o Mestre, um SVC refere-se especialmente às próprias dificuldades pessoais, porque a maioria dos obstáculos para a nossa felicidade nascem de uma soberba mais ou menos oculta. Pensamos que temos um valor excepcional, qualidades extraordinárias. Mas, quando os outros não são da mesma opinião, sentimo-nos humilhados. É uma boa ocasião para recorrer à oração e para retificar, com a certeza de que nunca é tarde para mudar a rota. Mas é muito conveniente iniciar essa mudança de rumo quanto antes. Na oração, com a ajuda da graça, a soberba pode transformar-se em humildade. E brota da alma a verdadeira alegria, mesmo quando ainda notamos o barro nas asas, o lodo da pobre miséria, que vai secando. Depois, com a mortificação, cairá esse barro e poderemos voar muito alto, porque nos será favorável o vento da misericórdia de Deus. A princípio custará. É preciso esforçarmo-nos por nos dirigir ao Senhor, por lhe agradecermos a sua piedade paternal e concreta para conosco. A pouco e Cristo que nos persegue amorosamente: Eis que estou à porta e chamo. Nos momentos dedicados expressamente a esse colóquio com o Senhor o coração expande-se, a vontade fortalece-se, a inteligência - ajudada pela graça - enche a realidade humana com a realidade sobrenatural. E, como fruto, sairão sempre propósitos claros, práticos, de melhoras na conduta, de tratar mais delicadamente, com caridade, todos os homens, de empenho a fundo - como o empenho dos bons desportistas - nesta luta cristã de amor e de paz.  

Portanto, se perguntarem para um dos nossos o que é ser vetero católico e como é a nossa vida, certamente a resposta automaticamente deverá ser a de que somos apenas cristãos e procuramos viver como eles, porque é isso o que somos: cristãos apaixonados por Jesus Cristo. No entanto, para ser um cristão e, automaticamente um Vetero Católico e viver como eles, é preciso ser dócil por inteiro à ação do Espirito Santo, deixá-Lo atuar em nós para nos levar a todo aquele que Ele queira, sem pôr limite nem formas a seus desejos e a seus movimentos. É ao Espírito Santo a quem se há de abandonar um SVC para que Ele se sirva de nós e opere por nosso ministério e nossa palavra o que lhe aprazer, servindo-se de uma linguagem sensível para levar sua Palavra insensível ao coração. Um SVC deve gostar de alimentar sua vida espiritual na Missa, celebrada ou concelebrada. Enxerga na celebração quotidiana da Missa uma ação de Cristo e da Igreja, em cuja realização os sacerdotes realizam sua principal função. Na Santa Missa, a oração ao Pai é constante. O sacerdote é um representante do Sacerdote eterno, Jesus Cristo, que é ao mesmo  

tempo a Vítima. E a ação do Espírito Santo não é menos inefável nem menos certa. Pela virtude do Espírito Santo, escreve S. João Damasceno, dá-se a conversão do pão no Corpo de Cristo. Esta ação do Espírito Santo exprime-se claramente, quando o sacerdote invoca a bênção divina sobre a oferenda: Vinde, ó Deus santificador, eterno e omnipotente, e abençoai este sacrifício preparado para o vosso santo nome, o holocausto que dará ao Nome santíssimo de Deus a glória que lhe é devida. A santificação, que imploramos, é atribuída ao Paráclito, que o Pai e o Filho nos enviam. Reconhecemos também essa presença ativa do Espírito Santo no sacrifício quando dizemos, pouco antes da comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que, por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, com a vossa morte destes a vida ao mundo. Toda a Trindade está presente no sacrifício do Altar. Por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, o Filho oferece-Se em oblação redentora. Um SVC aprende a conhecer e a relacionar-se com a Santíssima Trindade, Deus Uno e Trino, três pessoas divinas na unidade da sua substância, do seu amor e da sua ação eficaz e santificadora. Logo a seguir ao lavabo, o sacerdote invoca:Recebei, ó Santíssima Trindade, esta oblação que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e ascensãode Nosso Senhor Jesus Cristo. E, no final da Santa Missa, há outra oração de inflamada reverência ao Deus Uno e Trino: Placeat tibi, Sancta Trinitas, obsequium servitutis meae... agradável Vos, seja, ó Trindade Santíssima, o obséquio da minha vassalagem: fazei que por misericórdia este Sacrifício oferecido por Mim, posto que indigno aos olhos da vossa Majestade, Vos seja aceitável, e que para mim e para todos aqueles por quem o ofereci, seja um sacrifício de perdão. A Santa Missa é ação divina, trinitária, não humana. O sacerdote que celebra serve o desígnio divino do Senhor pondo à sua disposição o seu corpo e a sua voz. Não age, porém, em nome próprio, mas inpersona et in nomine Christi, na Pessoa de Cristo e em nome de Cristo. O amor da Trindade pelos homens faz com que, da presença de Cristo na  

Eucaristia, nasçam para a Igreja e para a humanidade todas as graças. Este é o sacrifício que profetizou Malaquias: desde o nascer do sol até ao poente, o meu nome é grande entre as nações, e em todo o lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura. É o Sacrifício de Cristo, oferecido ao Pai com a cooperação do Espírito Santo, oblação de valor infinito, que eterniza em nós a Redenção, que os sacrifícios da Antiga Lei não conseguiam alcançar. A Santa Missa situa o Vetero Católico deste modo perante os mistérios primordiais da fé, porque se trata da própria doação da Trindade à Igreja. Compreende-se assim que a Missa seja o Centro e a raiz da vida espiritual de um SVC. É o fim de todos os sacramentos. Na Santa Missa, a vida da graça encaminha-se para a sua plenitude, que foi depositada em nós pelo Batismo, e que cresce, fortalecida pela Confirmação. Quando participamos na Eucaristia, escreve S. Cirilo de Jerusalém, experimentamos a espiritualízação deificante do Espírito Santo, que além de nos configurar com Cristo, como sucede no Batismo, nos cristifica integralmente, associando-nos à plenitude de Cristo

Jesus. A efusão do Espírito Santo, na medida em que nos cristifica, leva-nos a reconhecer como filhos de Deus. O Paráclito, que é caridade, ensina-nos a fundir com essa virtude toda a vida. Por isso, feitos uma só coisa com Cristo, consummati in unum, podemos ser entre os homens o que Santo Agostinho afirma da Eucaristia: sinal de unidade, vínculo de Amor. Alguns cristãos têm uma visão muito pobre da Santa Missa e que ela é para muitos um mero rito exterior, quando não um convencionalismo social. Isto acontece, porque os nossos corações, de si tão mesquinhos, são capazes de viver com rotina a maior doação de Deus aos homens. Na Santa Missa, intervém de um modo especial a Trindade Santíssima. Para corresponder a tanto amor, é preciso que haja da nossa parte uma entrega total do corpo e da alma, pois vamos ouvir Deus, falar com Ele, vê-Lo, saboreá-Lo. E se as palavras não forem suficientes, poderemos cantar, incitando a nossa língua - Pange, lingua! - a que proclame, na presença de toda a Humanidade, as grandezas do Senhor. Viver a Santa Missa é manter-se em oração contínua, convencermo-nos de que, para cada um de nós, este é um encontro pessoal com Deus, em que O adoramos, O louvamos, Lhe pedimos, Lhe damos graças, reparamos os nossos pecados, nos purificamos e nos sentimos uma só coisa em Cristo com todos os cristãos. Por vezes, talvez nos perguntemos como será possível corresponder a tanto amor de Deus e até desejaríamos, para o conseguir, que nos pusessem com toda a clareza diante dos nossos olhos um programa de vida cristã. A solução éácil e está ao alcance de todos os fiéis: participar amorosamente na Santa Missa, aprender a conviver e a ganhar intimidade com Deus na Missa, porque neste Sacrifício se encerra tudo aquilo que o Senhor quer de nós. O sacerdote dirige-se para o altar de Deus, do Deus que alegra a nossa juventude. A Santa Missa inicia-se com um cântico de alegria, porque Deus está presente. É esta alegria que, juntamente com o reconhecimento e o amor, se manifesta no beijo que se dá na mesa do altar, símbolo de Cristo e memória dos santos, um espaço pequeno e santificado, porque nesta hora se confecciona o Sacramento de eficácia infinita. O Confiteor põe-nos diante da nossa indignidade. Não é a recordação abstrata da culpa, mas a presença, tão concreta, dos nossos pecados e das nossas faltas. Kyrie eleison, Christe eleison, Senhor, tende piedade de nós; Cristo, tende piedade de nós. Se o perdão que necessitamos se pusesse em relação com os nossos méritos, nasceria na nossa alma, neste momento, uma amarga tristeza. Mas, graças à bondade divina, o perdão é-nos dado pela misericórdia de Deus, a Quem já louvamos entoando - Glória! - porque só Vós, sois o Santo; só Vós o Senhor, só Vós o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Cada SVC empenhar-se-á em comunicar estas convicções aos futuros sacerdotes e seminaristas que se inscreverem em nossas fileiras. Os mistérios de Cristo, comunicados pela liturgia, chegam a ser realmente nossos somente por uma assimilação interior. Por isso os Padres Veteros Católicos-Fidelitas, são fiéis à Tradição da Igreja, meditam de diversas maneiras e formas as Escrituras e se dedicam

Sopro de Luz –Diretrizes Gerais para os Padres Veteros Católicos  com perseverança à oração e ao trabalho secular. Um SVC enraíza-se em sua fé e é atento aos apelos divinos e a toda manifestação autêntica do Espírito, procurando com dedicação os sinais de Deus e discernir os apelos da graça nos acontecimentos de sua comunidade, da Igreja e do mundo. 

3. O celibato. Reconhecemos o celibato sacerdotal como uma prática sobrenatural na Igreja, mas um dom precioso do Espírito. No entanto, queremos aqui deixar claro o que significa para nós essa prática da Igreja do Ocidente, visto termos percebido certa confusão em sua definição. Não é difícil encontrarmos até religiosos confundindo celibato com castidade. E por isso, é melhor deixarmos clara a certeza do que a dúvida. Assumimos como nossa a definição de que o celibato (do latim cælibatus, estado daquele que não é casado ou célibe), na sua definição literal é uma pessoa que se mantém solteira , sem obrigação de manter a castidade, podendo ter relações sexuais. No entanto, o termo é popularmente usado para descrever uma pessoa que escolhe abster-se de atividades sexuais, o que banaliza o significado do que seja celibato, em seu sentido real. Um SVC é muito mais vocacionado à castidade do que ao celibato. Para um casto as definições vão muito mais além, pois significa a privação voluntária de sentimentos e/ou coisas, que podem até ser um prazer passageiro, por um bem maior. A castidade para um SVC não está definitivamente unida ao celibato, que é também uma escolha livre entre nós. Podemos ser célibes sem sermos castos, efetivamente. A castidade é um caminho que ajuda o homem a ser um pouco melhor, mas não é o único. No entanto, mesmo tendo claras estas definições nós aceitamos, leal e generosamente o celibato sacerdotal, tal como é interpretado, sendo um dom do Espírito para um chamamento e uma ajuda para fazer conformar a própria vida com a de Cristo, comungando, na castidade do coração e da vida, de sua liberdade e de sua caridade pastoral, mas de forma livre e espontânea, nunca jamais como uma regra. Por isso, um SVC pode viver a bênção de constituir família com seus filhos, e o lar de um SVC deve ser visto como lugares luminosos e alegres, como foi o da Sagrada Família. Deve ser um remanso de serenidade, em que seja notável, por cima das pequenas contrariedades diárias, um carinho e uma tranquilidade, profundos e sinceros, fruto de uma fé real e vivida; ou ter uma vida de solteiro, íntegra e livre, porém cheia do amor de Deus Nosso Senhor e ambos, celibatários e casados, possam servir ao altar como sacerdotes, com ministérios e poderes sobrenaturais plenamente válidos.

4. A obediência. Pertransiit benefaciendo... Que fez Jesus para derramar tanto bem, e só bem, por onde quer que passou? Os Santos Evangelhos transmitiram-nos outra biografia de Jesus, resumida em três palavras latinas, que nos dá a resposta: erat subditus illis, obedecia. Hoje, que o ambiente está cheio de desobediência, de murmuração, de desunião, havemos de estimar especialmente a obediência. Um Vetero Católico deve ser muito amigo da liberdade e precisamente por isso deve amar tanto essa virtude cristã. Devemos sentir-nos filhos de Deus e viver com o empenho de cumprir a vontade do nosso Pai, de realizar tudo segundo o querer de Deus, porque nos dá na gana, que é a razão mais sobrenatural. O espírito da IAVCB-F, faz-nos compreender e amar a liberdade pessoal. Quando Deus Nosso Senhor concede a sua graça aos homens, quando os chama com uma vocação específica, é como se lhes estendesse a mão, uma mão paternal, cheia de fortaleza, repleta sobretudo de amor, porque nos busca um a um, como filhas e filhos seus, e porque conhece a nossa debilidade. O Senhor espera que façamos o esforço de agarrar a sua mão, essa mão que Ele nos estende. Deus pede-nos um esforço, prova da nossa liberdade. E para conseguirmos isso, temos de ser humildes, temos de sentir-nos filhos pequenos e amar a bendita obediência com que respondemos à bendita paternidade de Deus. Convém deixar o Senhor meter-se nas nossas vidas e entrar confiadamente sem encontrar obstáculos nem recantos obscuros. Nós, os homens, tendemos a defender-nos, a apegar-nos ao nosso egoísmo. Sempre tentamos ser reis, ainda que seja do reino da nossa miséria. Um SVC entende através desta consideração por que motivo temos necessidade de recorrer a Jesus: para que Ele nos torne verdadeiramente livres e, dessa forma, possamos servir a Deus e a todos os homens. Só assim perceberemos a verdade daquelas palavras de S. Paulo: Agora, porém, livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santificação e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, ao passo que o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Nosso Senhor Jesus Cristo. Estejamos precavidos, portanto, visto que a nossa tendência para o egoísmo não morre e a tentação pode insinuar-se de muitas maneiras. Deus exige que, ao obedecer, ponhamos em exercício a fé, porque a sua vontade não se manifesta com aparato ruidoso; às vezes o Senhor sugere o seu querer como que em voz baixa, lá no fundo da consciência; e é necessário escutar atentamente para distinguir essa voz e ser-Lhe fiel. Muitas vezes fala-nos através de outros homens e pode acontecer que, à vista dos defeitos dessas pessoas ou pensando que não estão bem informadas ou que talvez não tenham entendido todos os dados do problema, surja uma espécie de convite a não obedecermos. Tudo isso pode ter um significado divino, porque Deus não nos impõe uma obediência cega, mas uma obediência inteligente, e temos de sentir a responsabilidade de ajudar os outros com a luz do nosso entendimento. Mas sejamos sinceros conosco próprios: examinemos em cada caso se o que nos move é o amor à verdade ou o egoísmo e o apego ao nosso próprio juízo. Quando as nossas ideias nos separam dos outros, quando nos levam a quebrar a comunhão, a unidade com os nossos irmãos, é sinal certo que não estamos a atuar segundo o espírito de Deus. Não o esqueçamos: para obedecer, é preciso humildade. Vejamos de novo o exemplo de Cristo. Jesus obedece, e obedece a José e a Maria. Deus veio à Terra para obedecer, e para obedecer às criaturas. São duas criaturas perfeitíssimas - Santa Maria, Nossa Mãe; mais do que Ela só Deus; e aquele varão castíssimo, José. Mas criaturas. E Jesus, que é Deus, obedecia-lhes! Temos de amar a Deus, para amar assim a sua vontade, e ter desejos de responder aos chamamentos que nos dirige através das obrigações da nossa vida corrente: nos deveres de estado, na profissão, no trabalho, na família, no convívio social, no nosso próprio sofrimento e no sofrimento dos outros homens, na amizade, no empenho de realizar o que é bom e justo. A obediência é também fator primordial para um SVC. A vida sacerdotal é fundamentalmente uma missão e se exerce, sob esse título, com espírito de obediência. Para assegurar uma integral docilidade ao Espírito Santo, esta obediência implica ao mesmo tempo renúncia profunda e iniciativa sem resfalecimento. O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedecestes Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. Um SVC deveo sair de sí mesmo, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu querias viver e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a vontade de Deus, e não torcida a de Deus para se acomodar à tua. Um SVC aprende a obedecer, aprende a servir. Não há maiorfidalguia do que entregar-se voluntariamente ao serviço dos outros. Quando sentimos o orgulho que referve dentro de nós, a soberba que nos leva a pensar que somos super-homens, é o momento de dizer que não, de dizer que o nosso único triunfo há de ser o da humildade. Assim nos identificaremos com Cristo na Cruz, não aborrecidos ou inquietos, nem com mau humor, mas alegres, porque essa alegria, o esquecimento de nós mesmos, é a melhor prova de amor. Esta mesma obediência inspirará a coragem de uma leal informação às autoridades e franca aceitação da missão confiada. Recordar a um SVC que a sua vida não tem outro sentido senão o de obedecer à vontade de Deus não é separá-lo dos outros homens. Pelo contrário: em muitos casos, o mandamento recebido do Senhor de que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou cumpre-se vivendo junto dos outros e tal como os outros, entregando-nos ao serviço do Senhor no mundo, para dar a conhecer melhor a todas as almas o amor de Deus; para lhes dizer que se abriram os caminhos divinos da terra. O Senhor não se limitou a dizer que nos amava, mas demonstrou-o com obras. Não nos esqueçamos de que Jesus Cristo encarnou para nos ensinar, para aprendermos a viver a vida dos filhos de Deus. Recordai o preâmbulo do evangelista S. Lucas nos Atos dos Apóstolos: Primum quidem sermonem feci de omnibus, o Theophile, quae coepit Jesus facere et docere, falei de tudo o que mais notável fez e pregou Jesus. Veio ensinar, mas fazendo; veio ensinar, mas sendo modelo, sendo o Mestre e o exemplo, com a sua conduta. Agora, diante de Jesus Menino, podemos continuar o nosso exame pessoal: estamos decididos a procurar que a nossa vida sirva de modelo e de ensinamento aos nossos irmãos, aos nossos iguais, os homens? Estamos decididos a ser outros Cristos? Não basta dizê-lo com a boca. Fazer as obras de Deus não é um bonito jogo de palavras, mas um convite a gastar-se por Amor. Temos de morrer para nós mesmos a fim de renascermos para uma vida nova. Porque assim obedeceu Jesus, até à morte de Cruz, mortem autem crucis. Propter quod et Deus exaltavit illum. Por isso Deus O exaltou. Se obedecermos à vontade de Deus, a Cruz será também Ressurreição, exaltação. Cumprir-se-á em nós, passo a passo, a vida de Cristo; poder-se-á afirmar que vivemos procurando ser bons filhos de Deus, que passamos fazendo o bem, apesar da nossa fraqueza e dos nossos erros pessoais, por mais numerosos que sejam. E quando vier a morte, que virá inexoravelmente, esperá-la-emos com júbilo, como tenho visto que o souberam fazer tantas pessoas santas no meio da sua existência diária. Com alegria, porque, se imitámos Cristo em fazer o bem, - em obedecer e levar a Cruz, apesar das nossas misérias - ressuscitaremos como Cristo; surrexit Dominus vere!, que ressuscitou realmente. Jesus, que se fez menino - venceu a morte. Com o aniquilamento, com a simplicidade, com a obediência, com a divinização da vida corrente e vulgar das criaturas, o Filho de Deus foi vencedor! Este foi o triunfo de Jesus Cristo. Assim nos elevou ao seu nível, ao nível dos filhos de Deus, descendo ao nosso terreno, ao terreno dos filhos dos homens. Por sua vocação própria, os membros da IAVCBF levarão a sério o dar testemunho de tal obediência. Praticarão a obediência a seus superiores, nos limites daquilo que é saudável, amigável e sincero, em virtude da admissão em nossas fileiras. Quando um SVC faz promessas de obedecer à Igreja, faz promessa de obedecer, com discrição (discernimento) e seguindo os desígnios de Deus, à sua Igreja e seus ministros. Porque faz promessa de obedecer ao Patriarca, de obedecer ao Bispo, de obedecer sob a autoridade episcopal ao Superior particular que o Patriarca propõe e, ainda, a todos aqueles que se apresentam, os quais em Jesus Cristo desejarem algo de nós.  5. A Missa Vetero Católica.Não podemos dar-nos ao luxo de criarmos uma nova liturgia, nem re-criar espaços que já existem a anos e que são dogmas de fé, pelo fato de que somos uma Igreja Nacional. È um despaltério o querer criar uma nova Missa, ou reproduzir a Existente. A Missa Vetero Católica portanto é a Missa de Sempre! Tridentina, católica, apostólica e eterna. É a mesma Missa codificada pelo Papa São Pio V e que, por tradição, os veteros católicos utilizavam em suas celebrações nos começos de sua história. Por questões puramente pastorais celebramos também a Missa em vernáculo, com a condição de que seja a mesma missa codificada, sem alteração das fórmulas e oráculos, pois sendo de outra maneira talvez correríamos o risco de perder a unidade da Igreja, que embora dividida administrativamente, torna-se indivisa no plano espiritual. Seria lindo que cada SVC tivesse interesse em celebrar a Missa Tridentina ao menos em privado a cada mês, para honrar a nossa Tradição Antiga e reconfirmar as promessas de fidelidade feitas à IAVCBF no momento da ordenação, que são os de veneração e conservação à Sagrada Tradição Católica. Tudo o que é católico nos pertence. Fala muito de nós. É nosso.

Durante centenas de anos, celebrou-se a Missa em latim, e o povo não deixou a Igreja por isso. Há fortes razões teológicas, pastorais e litúrgicas para que se celebre em latim (sem deixar de celebrar em português; não é uma oposição, podendo-se celebrar em ambos os idiomas). Existem pessoas bem simples, de pouca instrução, que assistem a Missa em latim (seja no rito tridentino, seja no rito novo). E com muito proveito espiritual! Participar da Missa é unir-se a Cristo, ao seu sacrifício, não necessariamente entender cada palavra proferida ou responder a cada oração. Mas a Missa em latim não catequizará o povo – é o que dizem alguns... Ocorre que Missa não é catequese. Missa em latim. Catequese em português. Nunca se deu catequese em latim para 

os que o entendem). Somos catequizados pelos meios de catequese: livros, aulas, a homilia na Missa, tudo isso em português. O único modo pelo qual podemos entender a Missa como catequese é considerando-a em suas cerimônias como algo que nos ensina, passo a passo, os mistérios da fé. Se é assim, há mais um argumento a favor do latim: o uso de uma outra língua, distinta da comum, demonstra que estamos diante de algo sagrado. E isso é catequese. A melhor de todas: a que mostra que a Missa não é show, é sacrifício, e diante do sacrifício não importa que entendamos as palavras, mas o que elas, em seu conjunto, significam. O latim, por ser língua morta, está protegido das constantes mudanças de significado dos idiomas vivos e, por isso, preserva de modo muito mais eficaz o correto entendimento da doutrina. As línguas modernas assumem significados cada vez mais diversos para seus vocábulos. Hoje, uma palavra tem um sentido, amanhã a mesma terá outro. Como o latim é uma língua morta, isso não ocorre. As palavras terão sempre o mesmo sentido, e assim a doutrina é corretamente transmitida, diminuindo a possibilidade de maus entendidos. “O uso da Língua Latina é um claro e nobre indício de unidade e um eficaz antídoto contra todas as corruptelas da pura doutrina.” (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Encíclica Mediator Dei) 

disso, o uso de um idioma diferente do que estamos acostumados mostra que a liturgia é algo sacro. O latim demonstraria que estamos em outro clima, em outra atmosfera. Mostraria a solenidade do momento. E isso é importante para bem compreendermos a liturgia. Imagina, estás falando em português o todo tempo. De repente, chegas na igreja, e começa o culto: "In nomine Patris et Filio et Spiritus Sanctus". Já estás em outro local. É o céu na terra. Até a língua muda! O latim, portanto, fala muito à alma. Na Missa não precisamos entender as palavras, precisamos entender é o que está acontecendo. De outra sorte, pergunto: é preciso que o povo entenda as PALAVRAS da Missa? Não! O que é preciso é entender a PRÓPRIA Missa! Todos entendemos todas as palavras da Missa? Claro que não. Há muitas passagens de altíssima teologia, que quase ninguém entende. Mas isso não nos impede de colher frutos da Missa. Se o entendimento das palavras da Missa fosse necessário para cresceres espiritualmente e para apreenderes os frutos da liturgia, então só doutores em teologia iriam à Missa, só eles se beneficiariam. Muitos analfabetos, que nem sequer sabiam seu idioma direito, iam à Missa em latim e se santificavam na Idade Média, e até poucos anos. Por acaso, eles se afastaram da Igreja por não entenderem latim? Pelo contrário, se santificaram! Importa entender que a Missa é o Sacrifício da Cruz e nos unirmos a esse ato sublime. Não importa entender o que as palavras da Missa dizem. Ajuda? Sim, pode ajudar, mas importar não importa. E quem quiser acompanhar as palavras pode decorar a Missa em latim, como decora o português, e ainda acompanhar pelos missais e folhetinhos. O latim, ademais, nos mostra a pertença a uma Igreja maior, universal, que fala a mesma língua. Se tivermos Missa em latim em todas as igrejas (ao lado da Missa em vernáculo), então sempre que estivermos em qualquer lugar do mundo, poderemos ir numa Missa que entenderemos, pois estaremos acostumados. O motivo de muitos não gostarem do latim é por não terem entendido o que é a Missa, ainda. A Missa é PARA DEUS, não para os homens. Não somos nós que temos de entender as palavras, mas Deus. Não valorizar a tradição representada pelo latim, por outro lado, é não entender nada da fé católica. Uma Missa em latim evoca a universalidade da Igreja, e mostra que a Igreja tem dois mil anos. Nossa fé não nasceu ontem. Estar em uma Missa em latim mostra-nos que estamos juntos naquilo que os santos viveram. “O Latim exprime de maneira palmar e sensível a unidade e a universalidade da Igreja.” (Sua Santidade, o Papa João Paulo I, Discurso ao Clero Romano) E quem não gostar do latim ou não entender sua importância, não compreender seu significado no rito? Ora, os menos esclarecidos estão saindo da Igreja por falta de formação. Por não entenderem o simbolismo litúrgico. E por causa disso, então, vamos acabar com o simbolismo, só porque eles não entendem? Então, se muitos não entendem as letras, vamos fazer o que? Acabar com o alfabeto? Pelo contrário, vamos alfabetizá-los! Aos que não entendem a doutrina, vamos explicá-la. Aos que não entendem os símbolos, vamos ensinar a lê-los. Em vez de acabar com o latim, vamos mostrar a importância! Enfim, o maior uso do latim desperta nas pessoas mais reverência, mais entendimento do que realmente seja a Santa Missa, mais respeito e amor pela Eucaristia. Cabe lembrar que quando falamos “Missa em latim” não estamos nos referindo necessariamente à chamada “Missa tridentina”, o rito tradicional, forma extraordinária do rito romano, que utiliza o Missal de São Pio V. Não. Também a “Missa nova”, o rito moderno, forma ordinária do rito romano, segundo o Missal de Paulo VI, a mesma que utilizamos na maioria de nossas igrejas, pode ser feita em latim. Na verdade, o normal é que tivéssemos uma Missa em latim no rito moderno ao menos semanalmente em todas as paróquias.

4. Como ser um de nós. O ingresso em nossas fileiras está subordinado a certo número de condições das quais a mais fundamental é a disposição de comungar no Espírito Santo com o mistério de Jesus Cristo para ser feliz e deixar os outros serem livres e comunicar a Salvação muito mais com a vida do que com palavras. Deve existir um tempo de namoro com o Senhor, com a Igreja e com nossos princípios. Ninguém chega em uma família caindo do céu. Esse tempo não é coisa sem significado, nem uma simples preparação dos anos que veem depois, com a ordenação. É claro o desejo de Deus de que os SVC´s tomem exemplo de toda a vida do Senhor. O Senhor quer que os candidatos encontrem o seu caminho nos anos de vida calada e sem brilho. Obedecer à vontade de Deus, portanto, é sempre sair do nosso egoísmo; mas não tem porque se traduzir no afastamento das circunstâncias ordinárias da vida, nem deixar a própria profissão, nem alterar qualquer situação na sociedade. Um candidato à IAVCBF somente chegará a ser um de nós e, consequentemente santificar-se-á em nossos caminhos, se assim o desejar, na sua vida de cidadão comum, compartilhando ideais, anseios e esforços com as outras pessoas. É necessário entender-se humano, bem humano, para que então possa adentrar-se com convicção e muito maior esclarecimento na dimensão sobrenatural de entrega a uma comunidade. Se um SVC é chamado a permanecer no meio do mundo, não é porque damos pouca ou quase nenhuma importância a outros métodos consagradamente eficazes, mas sim porque isso é parte, senão toda a nossa vocação. Um SVC forma-se para servir. Não para mandar, não para brilhar, mas para se entregar, num silêncio incessante e divino ao serviço de todas as almas. Quando um candidato, torna-se sacerdote em nossas fileiras não se deixará arrastar pela tentação de imitar as ocupações e o trabalho dos leigos, mesmo que se trate de tarefas que conheçam bem por as terem realizado até agora, o que lhes conferiu uma mentalidade laical que não perderão nunca. A sua competência nos diversos ramos do saber humano - da história, das ciências naturais, da psicologia, do direito, da sociologia -, embora faça parte necessariamente dessa mentalidade laical, não os levará a quererem apresentar-se como sacerdotes-psicólogos, sacerdotes-biólogos ou sacerdotes-sociólogos. Receberam o sacramento da Ordem para serem, nem mais nem menos, sacerdotes-sacerdotes, sacerdotes cem por cento. A vida de um SVC leva um cristão a servir a Deus num estado que, em si mesmo, não é melhor nem pior do que os outros; é diferente. Mas a vocação de um vetero aparece revestida de uma dignidade e de uma grandeza que nada na terra supera, pois somos em nossa essência sacerdotes. Sim, um SVC é um sacerdote. Santa Catarina de Sena põe na boca de Jesus Cristo estas palavras: não quero que diminua a reverência que se deve professar aos sacerdotes, porque a reverência e o respeito que se lhes manifesta, não se dirige a eles, mas a Mim, em virtude do Sangue que lhes dei para que o administrem. Se não fosse isso, deveríeis dedicar-lhes a mesma reverência que aos leigos e não mais... Não devem ser ofendidos: ofendendo-os ofende-se a Mim e não a eles. Por isso o proibi e estabeleci que não admito que toqueis nos meus Cristos. Alguns afadigam-se à procura, como dizem, da identidade do sacerdote. Que claras resultam estas palavras da Santa de Sena! Qual é a identidade do sacerdote? A de Cristo. Todos os cristãos podem e devem ser, não já alter Christus, mas ipse Christus: outros Cristos, o próprio Cristo! Mas no sacerdote isto se dá imediatamente, de forma sacramental. Se um SVC vive como um sacerdote que, exteriormente, não parece viver de acordo com o Evangelho, ainda assim, se celebrar validamente a Santa Missa, com intenção de consagrar, Nosso Senhor não deixa de descer até àquelas mãos, ainda que sejam indignas. Pode haver maior entrega, maior aniquilamento? Mais do que em Belém e no Calvário! Porquê? Porque Jesus Cristo tem o Coração oprimido pelas suas ânsias redentoras, porque não quer que ninguém possa dizer que não foi chamado, porque se faz encontrar pelos que não O procuram. É amor? Não há outra explicação. Que insuficientes se tornam as palavras, para falar do Amor de Cristo! Ele baixa-se a tudo, admite tudo, expõe-se a tudo - a sacrilégios, a blasfémias, à frieza da indiferença de tantos - com o fim de oferecer, ainda que seja a um único homem, a possibilidade de descobrir o bater de um Coração que salta no Seu peito chagado. Esta é a identidade do sacerdote Vetero católico: instrumento imediato e diário da graça salvadora que Cristo ganhou para nós. Se se compreende isto, se isto é meditado no silêncio ativo da oração, como se pode considerar o sacerdócio uma renúncia? É um ganho impossível de calcular. A Nossa Mãe Santa Maria, a mais santa das criaturas - mais do que Ela, só Deus - trouxe uma vez Jesus ao mundo; os sacerdotes trazem-no à nossa terra, ao nosso corpo e à nossa alma, todos os dias: Cristo vem para nos alimentar, para nos vivificar, para ser, desde já, penhor da vida futura. Convém recordar, com importuna insistência, que todos nós, sacerdotes, quer sejamos pecadores quer santos, quando celebramos a Santa Missa não somos nós próprios. Somos Cristo, que renova no altar o seu divino Sacrifício do Calvário. A obra da nossa Redenção cumpre-se continuamente no mistério do Sacrifício Eucarístico, no qual os sacerdotes exercem o seu principal ministério, e por isso recomenda-se encarecidamente a sua celebração diária pois, mesmo que os fiéis não possam estar presentes, é um ato de Cristo e da sua Igreja . Ensina o Concilio de Trento que na Missa se realiza, se contém e incruentamente se imola aquele mesmo Cristo que uma só vez se ofereceu Ele mesmo cruentamente no altar da Cruz... Com efeito, a vítima é uma e a mesma: e O que agora se oferece pelo ministério dos sacerdotes, é O mesmo que então se ofereceu na Cruz, sendo apenas diferente a maneira de se oferecer. A assistência ou a falta de assistência de fiéis à Santa Missa não altera em nada esta verdade de fé. Quando um SVC celebra rodeado de povo, deve sentir-se satisfeito, mas sem necessidade de considerar-se por ele mesmo, presidente de nenhuma assembleia. Deve saber-se, por um lado, um fiel como os outros, mas entender-se, sobretudo, Cristo no Altar! Renovar incruentamente o divino Sacrifício do Calvário e consagrar in persona Christi,representando realmente Jesus Cristo, porque lhe empresta o corpo, a voz e as mãos, o pobre coração, tantas vezes manchado, para que Ele purifique.Quando um vetero celebra a Santa Missa apenas com a participação daquele que ajuda à Missa, também aí há povo. Deve sentir junto de sí todos os católicos, todos os crentes e também os que não crêem. Estão presentes todas as criaturas de Deus - a terra, o céu, o mar, e os animais e as plantas -, dando glória ao Senhor da Criação inteira. Um sacerdote que celebra a Santa Missa adorando, expiando, impetrando, dando graças, identificando-se com Cristo -, e que ensina os outros a fazer do Sacrifício do Altar o centro e a raiz da vida do cristão, demonstrará realmente a grandeza incomparável da sua vocação, esse carácter com que foi selado, e que não perderá por toda a eternidade. Ao lado de um sacerdote assim, se pode considerar um fracasso - humano e cristão - a conduta de alguns que se comportam como se tivessem de pedir desculpa por ser ministros de Deus. É uma desgraça, porque os leva a abandonar o ministério, a arremedar os leigos, a procurar uma segunda ocupação que a pouco e pouco suplanta a que lhes é própria por vocação e por missão. Frequentemente, ao fugir do trabalho de cuidar espiritualmente das almas, tendem a substituí-lo por uma intervenção em campos próprios dos leigos - nas iniciativas sociais, na política -, aparecendo então esse fenómeno do clericanismo, que é a patologia da verdadeira missão sacerdotal.  

Os responsáveis pela admissão de candidatos são todos os que já se encontram inseridos em nosso seio, obedecem ao Patriarca como autoridade máxima constituída entre nós e devem ter o cuidado pela autenticidade dos motivos dos candidatos, que devem ser primordialmente aqueles dados à intenção de consagrar sua vida ao serviço dos outros, dedicando-se a um ou outro ministério que a ele lhe parecer bom e digno de realizar. As diversas modalidades da missão de um SVC exigem aptidões múltiplas; que podem ou não, dependendo das circunstâncias e meios, serem examinadas no plano físico, psicológico, intelectual e moral. É essencial que os candidatos sejam capazes de amar e dizer sim, isso já é um grande avanço, o restante se vai aprendendo com o tempo, na convivência e/ou troca de contatos com os sacerdotes mais antigos. O ingresso deve ser feito de maneira progressiva. Seria interessante que implicasse nas seguintes etapas, analisando-se cada caso: a incorporação dos candidatos com vistas à sua formação; com encontros de entrosamento entre padres e irmãos SVC. B) A admissão temporária dos candidatos como membros; recebendo as ordens menores do acolitato e subdiaconato, para mais respeitosamente servir e amar à Igreja, e como forma de incentivo dentro de uma instituição religiosa legalmente constituída, apostólica e civilmente. C) A admissão definitiva, mediante a ordenação sacerdotal e/ou votos perpétuos de compromisso religioso. A incorporação dos candidatos dá início à formação dos futuros membros da IAVCB-F. Supõe o acordo de seu Bispo. É decidida pelo Conselho de presbiteros por maioria de votos, com base na apresentação por parte do  

responsável pela formação inicial. As condições desta incorporação são determinadas para cada Província pela Assembleia Geral e, nesse marco, em cada caso particular, pelo Patriarca ou seu procurador, quando melhor lhes aprouver. Entre os candidatos e as autoridades internas da Igreja, os direitos e os deveres recíprocos devem ser entendidos por analogia com os dos membros, exceto indicações contrárias. Os responsáveis pela formação inicial terão de facultar aos candidatos a possibilidade de uma informação preliminar suficiente sobre a IAVCB-F, oferecendo-lhes os contatos convenientes. Ocupar-se-ão também daqueles cuja incorporação for deferida temporariamente. Antes de apresentar os candidatos, o responsável pela formação inicial procurará em caridade conhecer o candidato em suas origens vocacionais e de vida, procurará se aproximar de sua família, se achar conveniente, mas e sobretudo, aproximar-se da pessoa que quer ser consagrada, e mostrar o mundo maravilhoso que ele começa a vislumbrar a partir do momento em que decide aproximar-se do Cristo do nosso jeito. Isso e o mais importante. Se ele, o candidato, entender ainda que seja parte ou pouco do que somos e até onde queremos chegar, já é uma grande vitória dentro desse mundo tão facultado pelo desprezo às coisas espirituais, fonte e pilar de qualquer ser humano. A experiência que constitui a formação dos candidatos só prossegue de comum acordo entre eles e a autoridade interna da Igreja. Em caso de interrupção, decidida por uma e outra parte, reger-se-á pelo prescrito referente ao desvinculamento da Igreja. Os candidatos admitidos na IAVCBF o são, num primeiro momento, de modo temporário. A admissão temporária confere aos candidatos a qualidade de membros da Igreja. A incorporação definitiva só se pode dar depois da ordenação sacerdotal e de um tempo de prova suficiente para apreciar suas aptidões baseadas em suas já conhecidas motivações vocacionais.  

Os documentos a serem entregues por cada candidato devem possuir a seguinte ordem: - 1 foto 3x4 de Clerygman; - Cópia do comprovante de residência; - Cópia do Registro de Identidade (RG); - Cópia do CPF ; - Atestado de Antecedentes Criminais; - Atestado de Sanidade Mental carimbado com assinatura médica; - Certificado de Estudos (última graduação);- Carta escrita (de próprio punho) solicitando incardinação na IAVCB-F;- Carta de Dispensa da Igreja ou comunidade anterior (Carta de Excardinação), no caso de ordenados e/ou religiosos; - profissão de fé. 

5. O governo da Igreja. As estruturas são necessárias, no plano natural, para orientar eficazmente a diversidade dos dons pessoais para o bem das sociedades. Na mesma Igreja, animada pelo Espírito Santo, a missão divina não se realiza sem a mediação dessas estruturas, que adquirem então um alcance sobrenatural. De modo particular, a autoridade pastoral procede toda ela do amor crístico, que fez do Filho de Deus o servo de seu Pai e de seus irmãos até o dom de sua vida. Tal autoridade somente se exerce em seu

nome, para servir como Ele serviu, “não forçados, mas voluntariamente” (1 Pd 5, 2); e sua firmeza só deve traduzir sua fidelidade. A IAVCBF possui estruturas próprias exigidas por sua missão. Estas estruturas organizam a vida governamental dos grupos de sacerdotes espalhados pelo globo pela obra que lhes é confiada. Para não parecer diferente demais, e para honrar o supradito de que somos apenas cristãos católicos alicerçados por um carisma e forma de vida diferentes do que é convencional, optamos por assumir também como nossas, a mesma estrutura antiga Romana, segundo rezam os códigos do CDC, atualmente vigente na Igreja de Deus, isso apostólica e hierarquicamente falando, demais disposições de comando relacionadas ao Governo da Igreja devem ser lidos e estudados nos Estatutos Gerais, devidamente registrados e autenticados no cartório da Santa Sé em Curitiba.  

6. Considerações Finais. Estas diretrizes não começam nem terminam aqui. Não são definitivas e podem ser alteradas a qualquer momento, seja por ocasião das Assembleias Gerais, seja por inconveniências locais e/ou situacionais ou ainda por livre e espontânea vontade do Patriarca ou de seus sucessores imediatos devidamente autorizados a atuarem em seu nome. O Patriarca interpreta as Diretrizes nos casos de dúvida. Se a dúvida persiste, recorra-se ao senso comum prático.

 

HINO DA IGREJA

Ainda que falem os anjos/ ainda que o mundo termine/  jamais fugiremos da luta/ pois somos a rocha com Cristo/.

Refrão: Vitória! /Vitória! / Vitória do Cristo Jesus.  / Por ele viveremos / a Ele a glória e a luz!

Verdade e Palavra é vida, / e vida que conduz ao Senhor. /Por Cristo valentes seremos, /por ele vivemos no amor/.

Fiéis ao Santo Patriarca, /porque nele repousa o Senhor, / a marca de um filho da Igreja/ é vista com o nosso vigor/.

Católicos sempre seremos,/ confiantes na força da Luz,/ fiéis aos sagrados mistérios/ porque é o Senhor que nos conduz/.

A Igreja  de cristo permanece, / vibrante e com todo o vigor, / nós veteros sempre seremos fiéis  ao nosso valor/.

Vinde irmãos, /vinde a Jesus / que Reina com todo o poder,/  vinde cristãos, / vinde adorar ao Senhor em nosso Altar!/

 

DIREITO CANÔNICO DOS VETEROS CATÓLICOS DO BRASIL

PARA ALGUÉM FALAR MAL DOS VETEROS CATÓLICOS É PRECISO CONHECER BEM A HISTÓRIA DA IGREJA, NÓS TEMOS A LEGITIMA SUCESSÃO APOSTÓLICA DOS VELHOS PADRES DO PASSADO, E NÓS MOSTRAMOS NOSSO TRABALHO E OBRAS PARA O SENHOR-VISITE-NOS.
SE FALAR DE NÓS MOSTRE SUA CARA!
Somos Veteros Católicos
Esboço Histórico e Doutrinal da Vetero Catolica.
Os veteros católicos não são uma seita ou cisma como alguns de seus auto-constituídos inimigos podem dizer, é uma honra e uma parte histórica da Igreja Católica e Apostólica, fundada por Jesus Cristo. Esta igreja surgiu em obras públicas no primeiro Pentecostes em Jerusalém e é baseado no trabalho apostólico e os sofrimentos dos apóstolos e dos mártires gloriosos. Apesar da oposição formidável, a Igreja se espalhou rapidamente no primeiro século, ter trabalhado em quatro patriarcados autônomos, no leste de Jerusalém, Antioquia e Alexandria, e no Ocidente em Roma - a partir de onde se espalhou para os confins de todo o Império. Antigo século catolicismo romano justamente unidos e organizados, de modo a conciliar a unidade ecumênica, primitivo e igrejas lutando do pós-apostólica. A Igreja sucesso repelido invasões irregulares cismáticos e os alicerces e outras conciliar a estrutura global da ordem eclesiástica e da organização que cresceu e se desenvolveu a Grande Igreja da época patrística.
Em 312 A.D. Quando o Imperador Constantino tornou-se uma perseguição aos cristãos e à esquerda, a Igreja foi capaz de trabalhar de forma aberta e livremente, e por causa da importância de Roma na época como a grande cidade do Ocidente, o Bispo de Roma ganhou grande prestígio e tornou-se líder da Igreja ocidental. A união entre Igreja e Estado na sequência da conversão de Constantino levou a muitas mudanças dentro da Igreja. Bispos são sempre escolhidos pelos fiéis que estavam a exercer a sua jurisdição, e do arcebispo, e patriarcal ver muitas vezes ocupado por favoritos da decisão dos príncipes seculares, e não eleitorais válido de conselhos regionais da Igreja. Esta corrupção da ordem básica e função de conciliar, a partir do quarto século, continua em muitas partes do mundo. O conflito sobre a ordem da igreja e regularidade que mais tarde tem efeitos de longo alcance sobre a Igreja na Holanda.
Em era ecumênica, a cinco patriarcal vê de Roma, Antioquia, Constantinopla, Alexandria e Jerusalém foram considerados como coordenadas, e de igual valor na Igreja, mas o patriarca romano, devido à posição histórica da cidade, no desenvolvimento do cristianismo, foi dado o título adicional de "primeiro entre iguais" e uma prioridade de dignidade. Aos poucos, porém, a Cúria Romana começou a invasão dos direitos e privilégios desta e de outras igrejas nacionais e regionais. Havia uma oposição vigorosa a esta por aqueles que aderiram à antiga posição católica romana de conciliar base da unidade dos cristãos. Esses defensores da ordem e regularidade apostólica afirmou seu direito de continuar a escolher seus próprios bispos e governar seus assuntos locais, sob os cânones da aceitação universal que podem ser alteradas por decisão de um Conselho Geral de toda a Igreja. O Concílio de Constança (1414-1418 dC) e outros Conselhos, defendeu os direitos dos autônomos igrejas nacionais e afirmou que "sua autoridade imediatamente de Cristo, e que todos os homens, de todas as classes e condições, incluindo o próprio Papa (era) obrigado a obedecer em relação à fé, a abolição da divisão, e a reforma da Igreja de Deus em sua cabeça e os membros "
The Old Igreja Católica Romana, enquanto afirmando a sua continuidade histórica com a Igreja apostólica do primeiro século, embora tenha uma linha de comando sagrado em comum com a Igreja indivisa dos primeiros séculos, traça sua sucessão apostólica nos últimos anos através da antiga Sé de Utrecht, na Holanda. São Willibrord, o Apóstolo dos Países Baixos, foi consagrado ao episcopado pelo Papa Sérgio I, em 696 dC em Roma. Em seu retorno à Holanda, estabeleceu a sua sede em Utrecht. Um de seus sucessores, que veem foi o grande São Bonifácio, o apóstolo da Alemanha. A Igreja de Utrecht também forneceu um ocupante digno para a cadeira papal em 1552, na pessoa do Papa Adriano VI, enquanto dois dos expoentes mais capazes da vida religiosa, Geert Groote, fundador dos Irmãos da Vida Comum, e Thomas Kempis, que é creditado com a escrita da Imitação de Cristo, eram da Igreja holandesa.
Por razões que eram principalmente políticos, os jesuítas começaram a invadir a jurisdição do arcebispo de Utrecht em 1592, e embora tenha sido outrora tão criticado pelo Papa e condenado a submeter à autoridade do Arcebispo, a sua conspirações contra a Igreja de Utrecht continuou inabalável. Em 1691, o jesuíta Dom Pedro Codde falsamente acusado, o ocupante de Utrecht, em favor da chamada jansenismo. Dizemos que a heresia jansenista assim chamado porque ninguém ainda repudiou encontrar declarações heréticas, seja na substância ou na forma, no Augustinus de Cornélio Jansen Bispo, onde os jesuítas afirmaram ter descoberto. Apesar do resultado inocente do Arcebispo de heresia, a influência dos jesuítas era tão grande que ele convenceu o Papa a emitir um breve segredo do Arcebispo e suspensão Codde e demissão. Nem os nomes de seus acusadores, ou as acusações contra ele, se tornou conhecida a ele, ou autorizado a oferecer qualquer defesa. Isto criou um abismo que nunca curou, mas o Papa Clemente XIV fez um parecer favorável da Igreja de Utrecht gravemente ferida. Acreditamos manter, como sempre temos feito desde 1691, esses procedimentos irregulares contra a Igreja de Utrecht, com base, por assim dizer, as acusações da época provaram ser infundados, eram nulas e sem efeito valor e que permaneceram e ainda são, na verdade, e não de acordo com qualquer teoria ou fantasia louca, que é parte integrante da Igreja Católica Romana.
Em 1739 Dominique Marie Varlet, bispo católico romano de Ascalon, consagrado Peter John Meindaerts para preencher a vaga Sé de Utrecht, sem ter pedido ou recebido uma bula papal que autoriza a consagração. Desde então, a Igreja de Utrecht, mantendo em cada detalhe de sua fé e doutrina, como antigamente era conhecida como a Velha Igreja Católica da Holanda. O nome é importante como um testemunho da sua fidelidade à "velha" catolicismo universalmente aceito em todo o mundo e sua negação do "novo" catolicismo envolvendo inovações da doutrina e da disciplina de modo diferente da prática e tradição apostólica. Old catolicismo romano é simplesmente o mesmo corpo místico de Cristo, como os primeiros séculos cristãos. Não houve mudanças essenciais. Os decretos do Conselho de Utrecht. Localização: em Meindaerts arcebispo em 1763, é um monumento de ortodoxia e respeito pela Santa Sé. Em uma declaração emitida pelo arcebispo Van Os, e seus dois suffragans, com o Núncio Apostólico, que visitou a Holanda em 1823, disse: "Nós aceitamos, sem exceção, todos os itens da fé católica Santo, nunca segure nem ensinar, agora ou mais tarde os pontos de vista diferentes dos que foram decretado, determinado e publicado pela nossa Mãe, a Santa Igreja ... rejeitamos e condenamos tudo o que se opõem a eles, especialmente todas as heresias, sem exceção, que a Igreja rejeitou e condenou ... Nós nunca fizeram causa comum com aqueles que têm quebrado o vínculo de unidade. "
Portanto, a velha Igreja Católica Romana recebeu e ainda mantém não só a sucessão apostólica é verdadeira, mas as doutrinas e ritos da Igreja de Cristo e os apóstolos também. Esta igreja é chamado de "OLD" porque rejeita a modernidade e todas as inovações recentes da doutrina, enquanto aderindo fielmente à doutrina e à disciplina da Igreja dos tempos apostólicos. Ela é chamada de "romana", porque a linha da sucessão apostólica no primeiro século até 1739 foi realizada em comum com a Igreja Católica Romana e também porque ele usa o rito romano, sem adição ou modificação, usando o Pontificale, Missale ritual Romanum e com grande cuidado e precisão em termos de matéria, forma e intenção na administração dos sete sacramentos. A Igreja é "católica" porque ele é limitado a uma única nação ou lugar ou tempo, mas os ministros de todos os homens, em todos os lugares, por todo o tempo, ensinando a mesma fé uma vez entregue pelo Fundador, Jesus Cristo, aos Apóstolos. O investigador honesto deve ter cuidado para não confundir o Antigo Igreja Católica Romana com os grupos que se intitulam "católico Velha." Muito do que, nesta idade, é chamado de "Velhos Católicos" representa um compromisso com o protestantismo, ou digressão em geral, desde que os cultos não-cristãos como a Teosofia. Antigo catolicismo romano não tem nenhuma afiliação com grupos como o National polonês Igreja Católica, ou da União de Utrecht de Igrejas, a Igreja Católica Liberal, a Velha Igreja Católica a partir do continente ou de qualquer um dos vários grupos independentes que abundam nos Estados Unidos e outros países. A heterodoxia desses grupos faz com que a união com eles seja impossível.
Em 1870, Dr. Ignaz von Dollinger trouxe os "Velhos Católicos" a existência de oferecer resistência ao dogma da infalibilidade papal. Em 1873, a Igreja Católica Antiga de Utrecht foi o mais infeliz persuadido a fornecer esses católicos "velho" com um bispo em 1889, tirou uma fusão entre a Igreja de Utrecht e do "Velhos Católicos" e, portanto, o Igreja de Utrecht estabeleceu as bases para sua posterior queda para a modernidade. Antes da Sé de Utrecht abandonou sua posição histórica e Deus, em Sua Divina Providência providenciou um caminho para a continuação da velha religião católica. Apesar de Utrecht foi finalmente abandonar a antiga catolicismo romano, a Igreja não era para morrer. Arcebispo Arnold Harris Mathew foi consagrado Inglaterra para o episcopado de Dom Gerard Gul de Utrecht em Utrecht momento era verdadeiramente Ortodoxa. No momento da consagração Arcebispo Mathew em Utrecht, nenhum progresso sério tem sido feito sobre a fé católica pela Igreja de Utrecht, e ainda não tinha deixado nenhuma maneira de tradições católicas e práticas. Isso difere consideravelmente de "Velhos Católicos", que tinha sido tanta audácia, para participar. Em 1910 atrasado, entretanto, a influência do heterodoxo "Velhos Católicos" provou ser demais para Utrecht, e estava sobrecarregado, e tão grande e de longo alcance, foram as mudanças que ela foi levado a proceder nas suas formas e posições doutrina, que a 29 de dezembro de 1910, o Arcebispo Mathew foi forçado a retirar o Antigo Igreja Católica Romana na Inglaterra da comunhão com Utrecht, a fim de preservar intacta a sua ortodoxia. Utrecht não é católica antiga, mas simplesmente "católica antiga." Então, acontece que a Igreja antiga e gloriosa de São Willibrord e St. Boniface tem a sua continuidade e perpetuação através do Old Roman atual Igreja Católica que é forçado, em defesa da sua ortodoxia, de se recusar a manter a união com qualquer de Utrecht ou o "Velhos Católicos".
A Igreja Católica Romana tem repetidamente afirmado o seu reconhecimento da validade das ordens e sacramentos do Velho Igreja Católica Romana na América do Norte e em todo o mundo. Ver Addis e Arnold Católica Romana Dicionário, diz da Igreja: "Eles têm mantido ordens válidas ... Temos sido incapazes de descobrir qualquer traço de heresia nesses livros", (ou seja, ordenou oficialmente para uso na América do Norte O ex-Igreja Católica Romana). Um Dicionário Católica, por Donald Attwater, com a aprovação do Cardeal Hayes de Nova York, Estados do Antigo Igreja Católica Romana. "Suas ordens e sacramentos são válidos "A declaração mais recente sobre o norte-americano Velha Igreja Católica Romana, aparece na obra do pai Konrad Algermissen, denominações cristãs, publicado em 1948 e tendo a aprovação de John Cardinal Glennon St. Louis: "O norte-americano Velha Igreja Católica Romana (tem) recebeu a consagração episcopal válido ..." (p. 363). Em 1928, a revista Extremo Oriente, publicado pela Padres de São Columbano Columbano, Nebraska, responde a uma pergunta sobre a validade das ordens atribuídas na América do Norte Velha Igreja Católica Romana. O artigo da revista menciona a Carfora arcebispo favoravelmente e afirma que: "Estas ordens são válidas ..." (p. 16 janeiro, 1928 questão.
Resumo Histórico da igreja Vétero Católica
A igreja Vétero Católica é una denominação para designar os membros de certas Igrejas do tipo Católica que em vários momentos da História Européia no século XVII e XIX se separaram da igreja Católica Romana.O nome de Vétero católicos ou Velhos católicos não devem ser confundido com os dos velhos crentes ,estes designam de una cisão de cristãos Russos em 1653 por sua oposição à introdução de uma liturgia de inspirarão grego-bizantina na igreja Ortodoxa Russa. Os veteros católicos são de tradição Latina,e tem antecedentes na sede episcopal de Utrchet (Holanda) separada de Roma por sua rejeição à bula Unigênitos,que condenava o Jansenismo.em 1724 nasce a "igreja Católica do velho clero Episcopal",criado em seu seios três diferentes (Utrecht em 1724, Haalen, em 1742, Decente em 1758). contudo, quando e durante o Concílio Vaticano I foi proclamado o dogma da jurisdição universal e da afabilidade do papa, numerosos bispos alemãs protestaram através da declaração Nuremberg em 1870 e rejeitaram essa promulgação como oposta à tradição mais pura da Igreja católica de todos os tempos. As excomunhão desses bispos ocorre em 1871. Ano que celebraram o Congresso em Munique Alemanha e decidem sobre a inspirarão de Inácio Vondollinger em 1799à 1890, criaram a constituição de uma Igreja que seja realmente a Igreja Católica de sempre. Anos depois, os velhos católicos alemãs, suíços e holandeses assinaram a declaração de Utrecht em 1889, pela se constitui uma nova comunidade eclesial supra nacional. Une-se a união de Utrecht, anos mais tarde à Igreja católica nacional polonesa em 1909. A igreja Vétero Católica matem a comunhão com a Igreja Anglicana desde 1931, ano que se chega ao acordo de Bom ( Alemanha). Mantém igualdade a inter comunhão com a Igreja Lusitano episcopal desde 1965. Hoje, sua participação do movimento ecumênico é notável. ainda é membro do Conselho ecumênico da Igrejas. Todas da união Utrecht, no plano doutrinal, tem convecção de professar a fé da Igreja primitiva, aceitam os dogmas definidos nos sete primeiros concílios ecumênicos e rejeitam os últimos dogmas proclamados pela à Igreja Católica Romana.A liturgia, com raízes do rito romano, manteve-se desde o principio da língua venacular de cada país, exceto nos casos da Igreja polonesa e da igreja filipina que mantiveram ritos litúrgicos próprios. Aceita igualmente os sete sacramentos. Os velhos católicos, seja, os Véteros católicos mantém a fé na igreja antiga, como esta expressa nos símbolos ecumênicos nas decisões dogmáticas, universalmente reconhecidas dos concílios ecumênicos da igreja indivisa do primeiro milênio.
Atualmente os Vétero católicos somam um pouco mais de um milhão de fiéis, em quase todo mundo. como por exemplo: Holanda,Alemanha; Suíça, Suécia,Portugal ,Inglaterra;França,Colômbia,BRASIL,Canadá,Estados Unidos, Croácia, Angola,Guatemala, Itália,Egito,Nova Zelândia, República Tcheca, Dinamarca,Espanha,Tchecoslováquia,Noruega,Luxemburgo, e agora desde 2000 no Brasil sob o patriarcado de +Dom Paulus Nunes-SCES ou um parágrafo. Clique aqui para adicionar e editar seu próprio texto. É fácil.

MUITAS IGREJAS SE DENOMINAM VETEROS CATÓLICAS MAS A VERDADEIRA E RECONHECIDA PELA IGREJA ROMANA, ORTODOXA E ANGLICANA É A 
IGREJA APOSTÓLICA VETERO CATÓLICA DO BRASIL - FIDELITAS-IAVCB-F
Breve Histórico da Igreja Vétero Católica do Brasil:
Os primeiros grupos vétero-católicos se organizaram 1871, quando vários intelectuais, sacerdotes e bispos católicos na Áustria, Suíça e Alemanha organizaram a igreja em 1869-1870. Organizaram os congressos de Munique (1871) e de Colónia (1872), que resultaram mais tarde na declaração de Utrecht (1889), na qual os vétero-católicos esclarecem as suas posições doutrinárias.
O teólogo e historiador bávaro, Johann Joseph Ignaz von Döllinger (1799–1890), foi o principal líder dos veteros católicos. A Igreja Anglicana e a Igreja jansenista holandesa de Utrecht reconheceram e providenciaram a ordenação episcopal dos bispos das então recém-formadas Igrejas Vétero-Católica, mantendo a sucessão apostólica real, concreta e validamente.
Arcebispos primazes do Brasil do Arcebispado Vétero-Católico do Brasil: Dom Dom Teófilo Barnick; Dom Iam Piotr Perkowiski; Dom Lírio do Prado Fontes; Dom Helio Del Bivar; Dom Heitor Figueira de Carvalho; Dom Paolo Reale; Dom Wanderley Gonçalves de Almeida (ord.1976 por Arcebispo James F. A . Lashley); Dom Rafael Linueza Peres (ord.1977 por Bispo Wanderley Gonçalves de Almeida); Dom Piort Pertowisk; Dom Paulo Pereira, Patriarca dos veteros católicos do Brasil Dom Paulo Nunes; Arcebispo Primaz do Brasil Dom Diogo Bonioli e Arcebispo de Goiás Dom Antonio Piber. A igreja cresceu entre imigrantes germânicos e poloneses entre 1932-1955, atraíndo então adeptos brasileiros.
A IGREJA VÉTERO CATÓLICA CONTINUA CRESCENDO NO BRASIL - Em várias localidades, sendo autêntica Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, seguindo os ditames da autêntica doutrina Cristã, contida no Credo Apostólico, bem como no Credo tridentino e Niceno-constantinopolitano.
Em certas ocasiões, se mantém a Santa Liturgia em Latim, admitindo-se também a Santa Missa no vernáculo pátrio.
A Igreja Vétero Católica segue a tradição originada nos Santos Padres da Igreja e Santos Patriarcas, mas atualiza-se levando em consideração os avanços científicos, sociais e religiosos, não se tornando assim uma instituição atrasada – renovando-se a cada dia, para o bem e progresso da sociedade contemporânea. A Bíblia é o Centro da Vida da Igreja – Todo Vétero Católico tem obrigação de estudar as Santas Escrituras diariamente. Os Véteros Católicos seguem a risca os Sacramentos instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, como todas Igrejas Católicas o fazem. Não nos achamos “donos da verdade” – os verdadeiros Véteros são Ecumênicos, participam de diálogo inter-religioso. São mansos e compreensivos, acreditando que a busca pelo Criador é dom de todos os viventes. Todos os fiéis são convidados à Santidade, abrindo a todos sem discriminação a participação na Santa Ceia do Senhor. 0s 10 Mandamentos da Lei de Deus são um resumo prático do contido na Bíblia Sagrada, e os Véteros Católicos devem tê-los como referência de boa conduta espiritual e material: 1º Amar a Deus sobre todas as coisas; 2º Não tomar o seu Santo Nome em vão; 3º Guardar domingos e festas de guarda; 4º Honrar pai e mãe; 5º Não matar; 6º Não pecar contra a castidade; 7º Não roubar; 8º Não levantar falso testemunho; 9º Não desejar a mulher do próximo; 10º Não cobiçar as coisas alheias. O Novo Mandamento trazido a nós por Nosso Senhor Jesus Cristo é o principal: Evangelho de São João, 13: “34. Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. 35.Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”
O QUE OS VETEROS FALAM UNS PARA OS OUTROS AINDA NOS DIAS DE HOJE!
Memento Mori et Carpe Diem!
Monges antigos (na antiguidade), ao encontrar outros monges diziam: “Memento mori”
E recebiam como resposta dos outros monges:
“Carpe Diem”
Tradução:
Memento mori (lembre-se de que morrerás)
( et Carpe diem (Aproveite o Dia!)

Todos os Véteros Católicos acreditam que são construtores da Obra Divina, e juntos com todos os seres viventes devem dar a sua contribuição para um “Mundo melhor.” Que cada um faça sua parte, e que coloque uma pedra na Obra da Criação.
Não nos esqueçamos da beleza do Credo Niceno-Constantinopolitano: Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, gerado do Pai desde toda a eternidade, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por Ele todas as coisas foram feitas. Por nós e para nossa salvação, desceu dos céus; encarnou por obra do Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e fez-se verdadeiro homem. Por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; sofreu a morte e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, o Senhor, a fonte da vida que procede do Pai; com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Ele falou pelos profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há-de vir. Amém.
Versão em Latim:
Credo in unum Deum, Patrem omnipoténtem, Factórem cæli et terræ, Visibílium ómnium et invisibílium. Et in unum Dóminum Iesum Christum, Fílium Dei Unigénitum, Et ex Patre natum ante ómnia sæcula. Deum de Deo, lumen de lúmine, Deum verum de Deo vero, Génitum, non factum, consubstantiálem Patri: Per quem ómnia facta sunt. Qui propter nos hómines et propter nostram salútem Descéndit de cælis. Et incarnátus est de Spíritu Sancto Ex María Vírgine, et homo factus est. Crucifíxus étiam pro nobis sub Póntio Piláto; Passus, et sepúltus est, Et resurréxit tértia die, secúndum Scriptúras, Et ascéndit in cælum, sedet ad déxteram Patris. Et íterum ventúrus est cum glória, Iudicáre vivos et mórtuos, Cuius regni non erit finis. Et in Spíritum Sanctum, Dóminum et vivificántem: Qui ex Patre Filióque procédit. Qui cum Patre et Fílio simul adorátur et conglorificátur: Qui locútus est per prophétas. Et unam, sanctam, cathólicam et apostólicam Ecclésiam. Confíteor unum baptísma in remissiónem peccatorum. Et expecto resurrectionem mortuorum, Et vitam ventúri sæculi. Amen.
O Credo Apostólico:
Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho nosso Senhor. Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém. 
Versão em Latim:
Credo in Deum Patrem omnipotentem, creatorem coeli et terrae, et in Iesum Christum, Filium eius unicum, Dominum nostrum, qui conceptus est de Spiritu Sancto, natus ex Maria Virgine, passus sub Pontio Pilato, cruxifixus, mortuus et sepultus, descendit ad inferno (vel ad inferos), tertia die resurrexit a mortuis, ascendit ad coelos, sedet ad dextram Dei Patris omnipotentis, inde venturus est iudicare vivos et mortuos, Credo in Spiritum Sanctum, sanctam Ecclesian catholicam, sanctorum communionem, remissionem peccatorum, carnis resurrectionem, et vitam aeternam. Amen.
Pai Nosso, a Oração que Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou: Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; e perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.Amém.
Versão em Latim:
Pater noster, qui es in caelis Sanctificétur nomen tuum: Advéniat regnum tuum: Fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie : Et dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris.Et ne nos indúcas in tentatiónem. Sed líbera nos a malo. Amen.

COMO SE TORNAR UM PADRE VETERO CATÓLICO FIDELITAS - OBEDIÊNCIA FÉ DETERMINAÇÃO.
Se tornar um padre católico é uma decisão séria. Seguindo este conselho, você pode descobrir se virar um padre católico é a decisão certa para você e para a sua fé. trilhando o Caminho. É preciso ter os requisitos básicos. Atualmente, para a maioria das denominações cristãs, um padre deve ser um homem que nunca se casou. Mas para nós é possível haver exceções, pois damos preferência para homens casados, o que para a maioria das dioceses, romanas é preciso ser homem e ser solteiro. Um viúvo pode ser aceito, contanto que prometa nunca abandonar sua fé..A Igreja deve analisar se o candidato apresenta tendências promiscuas e de pedofilia. Cada caso é tratado individualmente, mas nestes casos não é permitido a incardinação...Participe da sua paróquia. Antes mesmo de decidir-se pela vida religiosa, comece a ajudar a sua paróquia. Os candidatos a padre devem ser católicos praticantes acima de qualquer suspeita e ter experiência na paróquia por pelo menos 1 anos. Além dos requisitos para tornar-se padre, ao ser um membro ativo da sua paróquia, você obtém experiência nos procedimentos da missa, cerimônias e atividades ao ar livre. Conheça melhor o padre que mais admira. Conte-lhe sobre seu interesse em participar do seminário e ajudar durante as cerimônias ou quando ele visita membros da Igreja que estão doentes ou participa de atividades para a comunidade. Além das cerimônias do altar, ajude-o com os cantos e as leituras. Obter conhecimento profundo sobre os livros e os hinos vai facilitar bastante a vida religiosa que está por vir. Seja honesto sobre a sua fé. Tornar-se padre é uma decisão extremamente séria -- é um caminho que pode levar tempo e mais tempo para ser completo. Essa não é uma tarefa para os que desistem facilmente. Se você tem qualquer outra aspiração além do sacerdócio, talvez essa não seja a melhor opção para você. Ore para que Deus lhe dê uma orientação. Participe regularmente das missas, desenvolvendo laços sólidos com o clero da sua paróquia e obtendo uma compreensão melhor a respeito das suas pretensões e aspirações. Peça conselhos a um orientador vocacional ou qualquer outra pessoa da Igreja em quem você confia e que possa ser um mentor. Avalie as suas opções. Além dos diáconos e padres, há outros cargos dentro da Igreja que você poderia ocupar para manter-se ligado a Deus. Por exemplo, você pode tornar-se um padre missionário. Esse tipo de padre concentra-se em missões multiculturais onde se vive entre os pobres e menos favorecidos. Vale lembrar que é melhor consultar alguém com bastante conhecimento sobre esse assunto. Ao participar e ser um membro ativo da Igreja, muitas pessoas terão prazer em ajudá-lo a encontrar o caminho certo. Faça uma pesquisa na sua Diocese para contatar as pessoas certa. Qualificações Acadêmicas. Faça um curso em uma faculdade. Você pode fazer anos de seminário ou não (se não tiver curso superior) ou tornar-se bacharel em Teologia, Filosofia ou História e fazer mais 1 anos de seminário. A escolha é sua. Durante o curso, participe das atividades da instituição. Aproveite para ir a retiros espirituais, ajudar outros alunos e estreitar os laços com a sua nova paróquia ou diocese. O ensino superior não somente vai lhe ajudar na carreira como padre como também deixará lições de vida valiosas, trazer pelo menos 5 vocacionados para a igreja, se não trouxer você não será um bom pastor. Candidate-se a um seminário. Faça parte do processo seletivo através da sua diocese ou ordem religiosa. Este processo geralmente inclui diversas perguntas sobre você mesmo e o seu desejo de entrar para o sacerdócio. Você pode candidatar-se a um seminário depois de terminar a faculdade ou o colegial. Se formado, você terá um tempo pela frente. Caso contrário, são cerca de 1 ano de seminário. Cada seminário tem um processo seletivo diferente. Mas em geral, exige-se ensino médio completo, ter experiência na comunidade eclesial, participar dos encontros vocacionais, ter passado por um exame médico geral e não ser um curioso e ter vocação que não é uma profissão. Procure ter o melhor desempenho possível no seminário. Lá você estudará Filosofia, Latin, Grego, cantos gregorianos, Teologia Moral e Dogmática, Exegese, Direito Canônico e História da Igreja, entre outras matérias. Você também passará um ano concentrando-se em estudos espirituais. Além desses estudos, haverá retiros, conferências e palestras como parte do seu treinamento. Você receberá orientação para meditar e tempo para ficar sozinho e aprimorar sua habilidade de falar em público. Depois da Aprovação no Seminário. Assuma um compromisso de 6 meses como diácono. Após um ano de seminário ou os 4 anos de faculdade mais 1 de seminário, lhe darão 30 dias antes que você possa começar a ter privilégios de padre. Passado esse período, as portas do clero estão abertas para você. Esse é um período de provação. Ele serve para que você possa ter uma ideia real do que está por vir. É o último obstáculo a ser vencido, e só os verdadeiramente devotos conseguem sair vitoriosos. Além disso, deve-se fazer votos de celibato e de fidelidade a Deus. Obtenha a ordenação sagrada. O teste final para saber se você tem ou não a vocação sacerdotal é o chamado do Bispo. Se o Bispo não te chamar para o Sacramento da Ordem, você não tem a vocação para o sacerdócio. O chamado do Bispo é definitivo. Se você não é escolhido para ser um padre ou se largar o seminário cedo, você é responsável pelo custo da sua educação no seminário. Um ex-candidato a padre pode pedir para ser isento das mensalidades, dependendo da situação financeira. Devido aos recentes escândalos envolvendo padres, exige-se cada vez mais uma ficha criminal limpa, principalmente no que se refere a crimes sexuais. Obtenha a posição de padre através de uma paróquia específica. Uma vez que o Bispo lhe chamar para as Ordens Sagradas, a sua diocese irá remanejá-lo para uma posição inicial. Dependendo do caso, pode ser necessário mudar de cidade ou Estado. Depois de passar por todo o processo de seleção, continue a crescer em santidade e a espalhar a palavra de Deus. Não é um trabalho lucrativo, mas a realização espiritual é plena. 
DICAS:
A oração é absolutamente essencial para o processo de discernimento. Missas diárias e confissões frequentes, junto com leitura espiritual e com a escolha de um santo favorito para te ajudar ao longo do caminho são fatores muito importantes. Mesmo que você não seja católico, ainda assim pode tentar o sacerdócio. É muito comum que alguém perceba a vocação ao mesmo tempo que percebe que deveria se converter. Lembre-se que se inscrever para o seminário não é a mesma coisa que decidir ser padre. Muitas pessoas entram para o seminário ou o noviciado de uma congregação religiosa e chegam à conclusão de que não têm vocação para o sacerdócio. Então, mesmo que você não tenha certeza da sua vocação (na verdade poucos têm), você ainda pode candidatar-se para o seminário ou noviciado. Assuntos polêmicos como o celibato ou os escândalos de abuso sexual podem fazer você hesitar em tentar o sacerdócio. Entenda que esses medos são compartilhados por muitos homens que já estão no processo de formação e que eles podem ser superados com muita oração. Também entenda que os abusos sexuais representam as ações de poucos homens na Igreja e que, de maneira nenhuma, eles representam a Igreja como um todo, ou mesmo a maioria dos padres.
Lembre-se das duas promessas de um padre católico: Obediência e fé. (Estas promessas são feitas pelos padres veteros católicos /seculares aos seus Bispos. Padres religiosos que entram numa ordem fazem votos de Obediência, e fé)
Os termos "vocação" e "discernimento" podem ser úteis: a "vocação", de acordo com a Igreja, é o chamado. Todos temos o chamado universal para sermos santos, mas cada pessoa de um jeito - vocações incluem vida religiosa, sacerdócio, vida de solteiro e matrimônio. "Discernimento" é um processo para vida toda de tentar entender a vontade de Deus através de oração e orientação espiritual. O discernimento requer muita paciência, e obediência aos seus superiores e sucessores do Patriarcado.

CATOLICISMO NO MUNDO E OS VETEROS CATÓLICOS.
Muita confusão se dá pelo mundo, em relação ao catolicismo. Ora, pois vamos entender o que é catolicismo. Jesus Cristo trouxe o evangelho ao mundo, profetizou que PEDRO iria edificar a igreja. Assim o fez no dia de Pentecostes, recebeu o Espírito Santo e converteu mais de 3 mil almas. Em seguida as IGREJAS tiveram diáconos, presbíteros, bispos e concílios. São Paulo se torna cristão depois, pois antes como cidadão romano perseguia os cristãos. O mesmo São Paulo que escreveu a maioria das epístolas. Se você ler a bíblia, especialmente ATOS DOS APÓSTOLOS e depois as epístolas não encontrará uma referência, uma sequer de um apóstolo, sendo maior que o outro. Nunca houve um que tivesse poder sobre os demais, sendo que Paulo repreendeu Pedro, mas ambos eram homens de amor. Assim a Igreja prosseguiu mesmo, com perseguições, sendo IGREJAS EPISCOPAIS, com bispos. Por volta do ano 300 Constantino, consegue oficializar a igreja em Roma, depois veio o nome Católico ( cristão universal) foi nesta época que surgiram papas. Mais tarde a Igreja Ortodoxa rompeu com Roma, sendo considerada esta a primeira igreja católica do mundo, pois até hoje governa as Igrejas Católicas na Terra Santa, berço do Cristianismo. Mesmo com o CISMA os ortodoxos continuaram católicos, tão certo como os anglicanos que nacionalizaram o catolicismo, muita gente vê na TV, em filmes, igrejas católicas, mas não percebem que são anglicanas, especialmente nos Estados Unidos e na Inglaterra. Com muitas e muitas divergências, depois do Concílio Vaticano II, chegamos ao papa João Paulo II. O Papa João Paulo II deu grande prova, devolvendo as relíquias que pertenciam a Igreja Ortodoxa e até pediu perdão. Neste ano de 2011 o Papa Bento XVI, iniciou o ano com o tema: Liberdade religiosa caminho para a paz. Somado a isto tudo temos que voltar a 1889, houve a Declaração de Ultrecht, os véteros católicos (velhos católicos) que romperam com o vaticano, hoje em dia alguns alegam comunhão, de fato, comunhão plena, estão alguns grupos, pois dentro da própria comunhão romana existem muitos ritos, em alguns países os padres são casados, como é o caso da igreja Católica Maronita, fora do Brasil. O que de fato configura um católico? Ser cristão universal e professar o credo de Nicéia. No Brasil existem inúmeras igrejas católicas, não são religiões católicas, como alguns afirmam, são igrejas católicas de fato. Estas igrejas possuem sucessão apostólica, independente da origem, todas são validas. Porém perante a lei brasileira, todas as igrejas são exatamente iguais, os sacramentos, são os mesmos, enfim, ninguém em pleno século XXI pode fazer apologia mentirosa, afirmando que esta ou aquela igreja católica é melhor ou pior. O próprio Censo 2010 já trouxe 27 opções de católico, para quem respondeu o questionário completo. O que é padre alguns perguntam? Padre quer dizer presbítero ordenado, pois IGREJA ALGUMA ORDENA ALGUÉM A PADRE, ordenam a presbíteros, padre é pai, se um pai, for indigno com seus filhos, por exemplo abusar de seus filhos é um falso pai, assim é com os padres. Se são verdadeiros pais para seu rebanho são autênticos, independente da igreja católica que pertençam. Alguns pensam que só algumas igrejas demoram anos para formar os seus padres, grande engano, as igrejas católicas, sejam romanas, nacionais, carismáticas, veteros, ortodoxas, anglicanas, seguem o mesmo trajeto de formação. Por isto, Católicos, vamos nos unir em Cristo no amor de Maria. Se alguém se achar dono da verdade, estará naquilo que a bíblia afirma: Os falsos mestres, pois para estes sua igreja é a única. Temos que tomar cuidado para não entrarmos neste caminho nunca. Como disse o grande Arcebispo da Indonésia, a IGREJA CATÓLICA não é Romana é do mundo, universal, em todas as suas vertentes. Em Roma, dentro de Roma existem igrejas católicas não ligadas ao Vaticano e nem por isto deixam de ser católicas. Oremos pelo Papa, por todos os patriarcas do mundo, que nós sejamos um em CRISTO, lembrando que cabeça da Igreja só existe um nas ESCRITURAS, que é Cristo.
Paz e bem a todos.

PARA VOCÊ NÃO FALAR O QUE NÃO DEVE! SEJA UM VETERO CATÓLICO VERDADEIRO.

Para o bom entendedor meia palavra basta, mas tem pessoas que vivem na era medieval que não aprendem nunca que nosso Brasil é um pais LAICO...
Calúnia é um termo que vem do latim, calumnia, engodo, embuste. A calúnia não se confunde nem com a difamação nem com a injúria, outros dois crimes contra a honra. A difamação (do latim diffamare) significa desacreditar, sendo um crime que consiste em atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação de pessoa fiel à moralidade e aos bons costumes. Não se confunde com a calúnia, pois esta consiste numa imputação injusta de fato tipificado como crime. Na difamação o que se busca é desacreditar a vítima, embora sem apontá-la como autora de fato criminoso. (...) Quanto à injúria do latim injuria, de in jus, injustiça, falsidade, trata-se de um crime contra a honra consistente em ofender, verbalmente, por escrito, ou fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria ofende o moral, abate o ânimo da vítima, ao passo que a calúnia e a difamação ferem a moral da vítima. (...) Fofoca é o mexerico, intriga, a bisbilhotice. É um mal que para muitos é divertimento sem importância, mas que é extremamente destrutivo: A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação humana natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras. Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. (...) Afirmativas como “onde há fumaça há fogo”, em verdade são armas utilizadas pelos caluniadores. O correto é: “onde há fumaça há um caluniador”. Para bom entendedor, quem está sendo exposto não é o caluniado, mas sim o caluniador: revela-se e desvenda um interior conflitado. O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, quer apreciar as coisas boas da vida. Por vezes, as pessoas lidam de forma inadequada com suas perturbações. Por exemplo, passam a ingerir muita bebida de álcool, ou mergulham num mundo imaginário e se afastam da vida real. Outra forma inadequada é a calúnia. O caluniador procura transferir seu desequilíbrio para outra pessoa. Lançando uma calúnia ele percebe que o interior da pessoa atingida começa a se desorganizar. Para que isso ocorra, a calúnia deve ser impactante, deve penetrar no interior da vítima e estourar como uma bomba. Portanto, agora quem está desequilibrado é o outro e não mais ele. Ou há mais alguém perturbado e em sofrimento como ele. Como este artifício é fantasioso, não promove um alívio duradouro ao caluniador, como um vício ele sente necessidade de repetir e repetir o ato de caluniar. É uma falsa saída para seu desequilíbrio. É como se alguém pegasse o lixo de sua casa e jogasse no pátio do vizinho. Por alguns momentos tem a sensação de estar limpo. Mas o lixo reaparece na sua casa, pois ela é o gerador de lixo. Existem dois tipos de caluniadores: aquele que calúnia sistematicamente e aquele que o faz num momento em que sua vida não vai bem. E existem também as pessoas que levam adiante a calúnia gerada por outro. É um fenômeno que acompanha a humanidade desde sempre. Um dramaturgo romano, Plauto, escreve em uma de suas peças: “Os que propalam a calúnia e os que a escutam, se prevalecesse minha opinião, deveriam ser enforcados, os primeiros pela língua e os outros pela orelha”. Brincadeiras à parte, temos que aprender a lidar com estes fenômenos. Todos estamos sujeitos a ele. Sheakespeare escreveu: “Mesmo que sejas tão puro quanto a neve, não escaparás à calúnia”.(...) Aquele que se percebe gerando calúnia se beneficiará de uma ajuda profissional para procurar lidar de uma maneira mais eficaz com seus desequilíbrios.
Provavelmente, graças a esse poder contaminante do pensamento primário é que, muitas vezes, julgamos uma causa por sua aparência, brigamos com amigos por detalhes fúteis e esquecemos o imprescindível para guardar o periférico.

OS VETEROS CATÓLICOS ACREDITAM E PROFESSAM...
ESTUDO DE TEOLOGIA VETERO CATÓLICA SEMINARIO.
A palavra “Igreja” [“ekklésia”, do grego “ekkaléin” “chamar fora”] significa “convocação”. Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religioso. É o termo frequentemente usado no Antigo Testamento grego para a assembleia do povo eleito diante de Deus, sobretudo para a assembleia do Sinai, onde Israel recebeu a Lei e foi constituído por Deus como seu Povo santo. Ao denominar-se “Igreja”, a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira dessa assembleia. Nela, Deus “convoca” seu Povo de todos os confins da terra. O termo “Kyriakà”, do qual deriva “Church”, “Kirche”, significa “a que pertence ao Senhor”. Na linguagem cristã, a palavra “Igreja” designa a assembleia litúrgica, mas também a comunidade local ou toda a comunidade universal dos crentes. Esses três significados são inseparáveis. “A Igreja” é o Povo que Deus reúne no mundo inteiro. Existe nas comunidades locais e se realiza como assembleia litúrgica, sobretudo eucarística. Ela vive da Palavra e do Corpo de Cristo e se torna, assim, Corpo de Cristo. (CIC § 751-752)
A Igreja é “o povo que Deus convoca e reúne de todos os confins da Terra, para constituir a assembleia daqueles que, pela fé e pelo Batismo, se tornam filhos de Deus, membros do Corpo de Cristo e templo do Espírito Santo”. Nós Veteros Católicos professamos pela fé, que a nossa igreja é fundada e encabeçada por Jesus Cristo. A Igreja Católica é governada pelo sucessor de Pedro (Papa Francisco) e pelos Bispos em comunhão com ele”. Segundo a Tradição católica, a Igreja está alicerçada sobre o Apóstolo Pedro, a quem Cristo prometeu o Primado, ao afirmar que “sobre esta pedra (do grego “petros”) edificarei a minha Igreja” e que “dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus” (cf. Mt 16, 17-20).
A Igreja Católica é a detentora na plenitude dos sete sacramentos e dos outros meios necessários para a salvação, dados por Jesus à Igreja. Tudo isto para reunir, santificar, purificar e salvar toda a humanidade e para antecipar a realização do Reino de Deus, cuja semente é necessariamente a Igreja. Por esta razão, a Igreja, guiada e protegida pelo Espírito Santo, insiste na sua missão de anunciar o Evangelho a todo o mundo, sendo aliás ordenada pelo próprio Cristo: “ide e ensinai todas as nações, batizando-as no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). A Igreja, mediante os sacramentos do Batismo e da Reconciliação, tem também a missão e o poder de perdoar os pecados, porque o próprio Cristo lho conferiu”.
É com muita alegria que começamos uma série de textos sobre a Igreja. E quando falo Igreja, falo da verdadeira, aquela fundada por Jesus Cristo. Aquela que é Una, Santa, Católica, Apostólica. Aquela que foi, é, e sempre será dotada pelo Espírito Santo com o dom santidade. A barca de Pedro. O porto seguro da fé.
A Constituição dogmática sobre a Igreja do Concílio Vaticano II afirma que o artigo de fé sobre a Igreja depende inteiramente dos artigos concernentes a Cristo Jesus. A Igreja não tem outra luz senão a de Cristo; segundo uma imagem cara aos Padres da Igreja, ela é comparável à lua, cuja luz toda é reflexo do sol.
Segundo afirmam os Santos Padres, a Igreja é o lugar “onde floresce o Espírito”.
A Fé Católica é rica de textos e ensinamentos, e queremos trazer para você toda esta riqueza, para que você que diz professar esta mesma fé, possa conhecer a fundo o que você afirma crer. De antemão você verá ao longo deste estudo o que é a nossa Igreja, qual o desígnio de Deus para ela e por que não podemos sair por ai, pulando de igreja em igreja (veja que no caso de outras igrejas o “i” é minúsculo) deixando a verdadeira Igreja fundada por Cristo de lado. Dominus Vobiscum é uma expressão em Latim que significa O Senhor esteja convosco! É isso que gostaria que você sentisse ao visitar nosso site https://veteros.wixsite.com/meusiteveterosiavcbf Este site tem como missão ajudar a católicos menos esclarecidos na Fé Católica a conhecer mais da sua doutrina. Sobre Imagens, sem a mediação única de Cristo nenhuma outra tem poder. Em primeiro lugar, é preciso entender que Deus não nos proíbe de fazer imagens, mas sim imagens “de ídolos”, ou seja, de deuses falsos.Já no Antigo Testamento, o próprio Deus prescreveu a confecção de imagens como querubins, serpentes de bronze, leões do palácio de Salomão etc. A Bíblia defende o uso de imagens como é possível verificar em muitas passagens: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7.10-14; 5,8; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sb 16,5-8; Ez 41,17-21; Hb 9,5 e outras mais.Os profetas condenavam a confecção de imagens “de ídolos”: “Os que modelam ídolos nada são, as suas obras preciosas não lhes trazem nenhum proveito. Quem fabrica um deus e funde um ídolo que de nada lhe pode valer?” (Isaías 44,9-17).O que é um ídolo?
1 – substitui o único e verdadeiro Deus;
2 – são-lhes atribuídos poderes exclusivamente divinos, e
3 – são-lhe oferecidos sacrifícios devidos ao verdadeiro Deus. É o que os judeus antigos, no deserto, fizeram com o bezerro de ouro (cf. Ex 32). Não é o que os católicos fazem. A Igreja Católica nunca afirmou que devemos “adorar” as imagens dos santos; mas as venerar, o que é muito diferente.
A imagem é um objeto que apenas lembra a pessoa ali representada; o ídolo, por outro lado, “é o ser em si mesmo”. A quebra de uma imagem não destrói o ser que representa; já a destruição de um ídolo implica a destruição da falsa divindade.Para Deus, e somente para Ele, a Igreja presta um culto de adoração (“latria”), no qual reconhecemos Deus como Todo-Poderoso e Senhor do universo. Aos santos e anjos, a Igreja presta um culto de veneração (“dulia”), homenagem.A Nossa Senhora, por ser a Mãe de Deus, a Igreja presta um culto de “hiper-dulia”, que não é adoração, mas hiper-veneração. A São José “proto-dulia”, primeira veneração.A palavra “dulia” vem do grego “doulos”, que significa “servidor”. Dulia, em português, quer dizer reverência, veneração. “Latria” é adoração, vem do grego “latreia”, que significa serviço ou culto prestado a um soberano senhor. Em outras palavras, significa adoração. Então, não há como confundir o culto prestado a Deus com o culto prestado aos santos.Rogando aos santos, não os olhamos nem os consideramos senão nossos intercessores para com Jesus Cristo, que é o único Medianeiro (cf. 1Tm 2,4), que nos remiu com Seu Sangue e por quem podemos alcançar a salvação. A mediação e intercessão dos santos não substituem a única e essencial mediação de Cristo, o único Sacerdote, mas é uma mediação “por meio de” Cristo, não paralela nem substitutiva. Sem a mediação única de Cristo nenhuma outra tem poder.
Significado da imagem de um santo
A imagem de um santo tem um significado profundo. Quando se olha para ela, a imagem nos lembra que a pessoa, ali representada, é santa, viveu conforme a vontade de Deus. Então, é um “modelo de vida” para todos. A imagem lembra também que aquela pessoa está no céu, isto é, na comunhão plena com o Senhor; ela goza da chamada “visão beatífica de Deus” e intercede por nós sem cessar, como reza uma das orações eucarísticas da Missa. São Jerônimo dizia: “Se, aqui na Terra, os santos, em vida, rezavam e trabalhavam tanto por nós, quanto mais não o farão no céu, diante de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia que “ia passar o céu na terra”, isto é, intercedendo pelas pessoas. O Catecismo da Igreja nos ensina o seguinte no §956: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na Terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49). A imagem de um santo nos lembra ainda que ele é santo pelo poder e graça de Deus; então, a veneração da imagem dá glória ao Senhor, mais que ao santo. São Bernardo, doutor da Igreja, sempre que passava por uma imagem de Nossa Senhora dizia: “Salve, Maria!”. Um dia, depois de dizer essas palavras, Nossa Senhora lhe disse: “Salve, Bernardo!”. Podemos tocar e beijar as imagens como um gesto de amor, reverência e veneração, não de adoração. Não fazemos isso com a imagem de um ente querido falecido? Podemos admirar as imagens – por isso elas devem ser bem feitas, em clima de oração – e rezar diante delas, pedindo ao santo, ali representado, que interceda diante de Deus. É Ele quem faz o milagre, mas o pedido vem dos santos, como nas Bodas de Caná, onde Jesus fez a transformação de 600 litros de água em vinho, “porque Sua Mãe intercedeu”. Ainda não era a hora dos seus milagres! A intercessão dos santosA intercessão dos santos é algo maravilhoso. Quando nós precisamos de um favor de uma pessoa importante, mas não conseguimos chegar até ela, então, procuramos um mediador, um intercessor, que seja amigo dessa pessoa, para fazer a ela o nosso pedido. E a pessoa importante a atende por ter intimidade com nosso intercessor. Ora, fazemos o mesmo com Deus. Não temos intimidade com Ele como os santos que já estão na Sua glória; nossos pecados limitam nossa intimidade com o Pai; então, os santos nos ajudam. Mas, como eles podem ouvir todos os pedidos ao mesmo tempo sem que tenham a onisciência e a onipresença de Deus? É simples. Na vida eterna, já não há mais as realidades terrenas do tempo e espaço. A comunhão perfeita com Deus dá aos santos o conhecimento de nossas orações e pedidos e, na plenitude de Deus, e por meio d’Ele, não há a dificuldade de atender a todos ao mesmo tempo, pois já não existe mais esse fator limitador. No Céu, a realidade é outra.Alguns perguntam: mas os mortos não estão todos dormindo, aguardando a ressurreição? Não. Jesus contou o caso do pobre Lázaro, o qual já estava no seio de Abraão, vivo e salvo, e o rico que sofria as penas eternas. A alma não dorme. No livro de Macabeus (2Mac 15, 11-15), temos a narrativa de Judas Macabeus, que teve a visão do sacerdote Onias, já falecido, orando pelo povo judeu. Por tudo isso, as imagens precisam ser bem feitas, mais parecidas possíveis com o santo. Não devemos fazer imagens mal feitas ou mal pintadas. Quando não há uma foto ou uma pintura de santos antigos, então é licito que artistas sugiram uma imagem que a Igreja abençoe. Quando uma imagem que foi benzida se quebra, e não é possível restaurá-la, então deve ser enterrada, destruída ou colocada em um lugar onde não haja profanação dela. Se for de material combustível, pode ser queimada.
O Concílio Ecumênico de Nicéia, no ano 789, que aprovou o uso de imagens, disse: “Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos padres e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.” São João Damasceno, doutor da Igreja, dizia: “A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus.”

 

 

BANDEIRA E HINO DOS VETEROS CATÓLICOS DO BRASIL

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